terça-feira, 11 de outubro de 2011

Passo 10 dos Dez passos para uma alimentação saudável: Guia alimentar para menores de dois anos.

Passo 10: Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

·         A criança doente ingere menos alimentos, quer seja por falta de apetite, dor ou indisposição. Há gasto energético maior devido à febre e ao aumento de alguns hormônios e anticorpos.
·         Há aumento no catabolismo de proteínas com perdas significativas de nitrogênio pela via urinaria e, nos casos de diarréia, de perdas gastrintestinais de energia e micronutrientes.
·         Episódios freqüentes de infecção podem levar ao atraso no desenvolvimento e a certas deficiências nutricionais (vitamina A, zinco e ferro).
·         Esses fatores aumentam a vulnerabilidade da criança a novos episódios de infecção, formando um ciclo vicioso, que vai comprometer o seu estado nutricional.
·         O aleitamento materno é a melhor e mais eficiente recomendação dietética para a saúde da criança pequena. Além de prevenir infecções, o leite materno limita os efeitos das infecções, quando contraídas, fornecendo agentes imunológicos eficazes e micronutrientes que são melhor absorvidos e aproveitados.
·         A prioridade dietética para a criança doente é a manutenção da ingestão adequada de calorias, utilizando alimentos complementares pastosos ou em forma de papas com alta densidade energética.
·         Uma boa prática para aumentar o teor energético diário da alimentação de crianças que apresentarem baixo peso para a estatura é acrescentar, às refeições salgadas, uma colher das de sobremesa de óleo para crianças menores de um ano e uma colher de sopa para maiores de um ano.
·         Logo que a criança recupere o apetite pode-se orientar à mãe oferecer mais uma refeição extra ao dia, pois no período de convalescença o apetite da criança aumenta para compensar a inapetência da fase aguda da doença.
·         Se a criança estiver sendo amamentada exclusivamente no peito, aumentar a freqüência das mamadas. O leite materno é, em geral, o alimento que a criança doente aceita melhor. Muitas vezes a criança doente cansa-se mais e precisa mamar mais vezes.
·         A mãe deve ser orientada a oferecer, dentre os alimentos saudáveis, os de maior preferência, em quantidades pequenas e com maior freqüência.
·         Se a criança já estiver recebendo a alimentação da família, utilizar as preparações em forma de purê ou papas nas refeições, que são de mais fácil aceitação pela criança. E se estiver aceitando bem apenas um tipo de preparação saudável, mantê-la até que a criança se recupere.
·         Nos casos das crianças febris e/ou com diarréia, a oferta de líquidos e água deve ser aumentada. Esses líquidos devem ser oferecidos no intervalo das refeições e, de preferência, em xícaras ou copos sem tampa. O uso de mamadeira aumenta o risco de infecções e diarréia.


Recomendações às famílias de crianças pequenas com dificuldades de alimentar-se:
·         Separar a refeição em um prato individual para ter certeza do quanto a criança está realmente ingerindo;
·         Estar presente junto às refeições mesmo que a criança já coma sozinha e ajudá-la se necessário;
·         Não apressar a criança. Ela pode comer um pouco, descansar e depois comer novamente. É necessário ter paciência e bom humor;
·         Alimentar a criança tão logo ela demonstre fome, se esperar muito, ela pode perder o apetite;
·         Não forçar a criança a comer. Isso aumenta o estresse e diminui ainda mais o apetite. As refeições devem ser momentos tranqüilos e felizes;
·         Cuidados de higiene corporal e bucal (dentes e língua) devem ser redobrados, quando a criança está doente


Referência Bibliografica:
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para menores de dois anos. Um guia para o profissional da saúde na atenção básica/MS, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2 ed-Brasília 2010.

Passo 9 dos Dez passos para uma alimentação saudável: Guia alimentar para menores de dois anos.

Passo 9: Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados.

  • Enquanto o aleitamento materno exclusivo protege as crianças contra a exposição a micro-organismos patogênicos, a introdução de outros alimentos as expõe ao risco de infecções.
  • Quando a criança passa a receber a alimentação complementar aumenta a possibilidade de doenças diarréicas que constituem importante causa de morbidade e mortalidade entre crianças pequenas.
  • Os maiores problemas dessa ordem são a contaminação da água e alimentos durante sua manipulação e preparo; inadequada higiene pessoal e dos utensílios, alimentos mal cozidos e conservação dos alimentos em temperatura inadequada.
  • Os alimentos consumidos pela criança ou utilizados para preparar as suas refeições devem ser guardados em recipientes limpos e secos, em local fresco, tampados e longe do contato de moscas ou outros insetos, animais e poeira.
  • O uso de mamadeira é um risco de contaminação do alimento pela dificuldade para a limpeza e adequada higienização; o ideal é utilizar xícaras ou copos sem tampa.
  • Nos alimentos preparados, a proliferação de microorganismos pode ocorrer se os mesmos permanecerem fora do refrigerador ou se o refrigerador não estiver em boas condições. Orienta-se que os alimentos sejam preparados em quantidade suficiente para o momento do consumo. Restos do prato devem ser desprezados.
  • Oferecer água o mais limpa possível (tratada, filtrada e fervida) para a criança beber. O mesmo cuidado deve ser observado em relação à água usada para preparar os alimentos.
  • Orientar a mãe ou pessoa responsável a lavar bem as mãos com água e sabão, toda vez que for preparar ou oferecer o alimento à criança.
  • As frutas devem ser lavadas em água corrente, colocadas de molho por 10 minutos em água clorada, utilizando produto adequado para este fim, na diluição de 200 ppm (1 colher de sopa para 1 litro) e enxaguadas em água corrente, antes de serem descascadas, mesmo aquelas que não sejam consumidas com casca.
  • Todo utensílio que vai ser utilizado para oferecer a alimentação à criança precisa ser lavado e enxaguado com água limpa.
É importante que a mãe seja orientada sobre:
  • A forma correta de preparar e conservar os alimentos.
  • Recomendar que a família, principalmente as crianças, não fiquem abrindo o refrigerador a todo momento. Certificar-se de que está sempre fechado e que a porta apresenta boas condições de vedação.
  • Para a família não tiver refrigerador ou este não apresentar condições adequada de funcionamento, ressaltar a importância do preparo próximo ao horário de cada refeição.

Referência Bibliografica:
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para menores de dois anos. Um guia para o profissional da saúde na atenção básica/MS, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2 ed-Brasília 2010.

Passo 8 dos Dez passos para uma alimentação saudável: Guia alimentar para menores de dois anos.

Passo 8: Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinho e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.

  • Já foi comprovado que a criança nasce com preferência para o sabor doce, portanto a adição de açúcar é desnecessária e deve ser evitada nos dois primeiros anos de vida.
  • Essa atitude vai fazer com que a criança não se desinteresse pelos cereais, verduras e legumes, aprendendo a distinguir outros sabores.
  • Até completar um ano de vida, a criança possui a mucosa gástrica sensível e, portanto, as substâncias presentes no café, chá mate, enlatados e refrigerantes podem irritá-la, comprometendo a digestão e a absorção dos nutrientes, além de terem baixo valor nutricional.
  • O sal iodado, além de fornecer o iodo, é importante para que a criança se adapte à alimentação da família, porém seu uso deve ser moderado e restrito àquele adicionado às papas salgadas.
  • A criança não deve comer alimentos industrializados, enlatados, embutidos e frituras que contenham sais em excesso, aditivos e conservantes artificiais.
  • As frituras são desnecessárias, especialmente nos primeiros anos de vida. A fonte de lipídeo (gordura) para a criança já está presente naturalmente, no leite, nas fontes protéicas e no óleo vegetal utilizado para o cozimento dos alimentos. O óleo usado para as frituras sofre superaquecimento, liberando radicais livres que são prejudiciais à mucosa intestinal do bebê e, a longo prazo, tem efeitos danosos sobre a saúde.
  • O mel é totalmente contra-indicado no primeiro ano de vida pelo risco de contaminação com Clostridium botulinum, que causa botulismo.
  • O consumo de alimentos não nutritivos (ex. refrigerantes, salgadinhos, açúcar, frituras, doces, gelatinas industrializadas, refrescos em pó, temperos prontos, margarinas, achocolatados e outras guloseimas) está associado à presença de anemia, ao desenvolvimento de excesso de peso e às alergias alimentares.
É importante que a mãe seja orientada sobre:
  • O valor de oferecer alimentos in natura, sem adição de açúcar;
  • Evitar o consumo de alimentos não nutritivos.
  • A criança pequena não pode “experimentar” todos os alimentos consumidos pela família, por exemplo, iogurtes industrializados, queijinhos petit suisse, macarrão instantâneo, bebidas alcoólicas, salgadinhos, refrigerantes, doces, sorvetes, biscoitos recheados, entre outros). Orientar os irmãos maiores e familiares para não oferecerem esses alimentos para a criança.
  • Orientar a mãe para ler o rótulo dos alimentos infantis antes de comprá-los, evitando oferecer à criança alimentos que contenham aditivos e conservantes artificiais.

Referência Bibliografica:
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para menores de dois anos. Um guia para o profissional da saúde na atenção básica/MS, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2 ed-Brasília 2010.

Passo 7 dos Dez passos para uma alimentação saudável: Guia alimentar para menores de dois anos.


Passo 7: Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.


  • As frutas, legumes e verduras são as principais fontes de vitaminas, minerais e fibras.
  • Os alimentos do grupo dos vegetais podem ser inicialmente, pouco aceitos pelas crianças pequenas. Normalmente, elas aceitam melhor os alimentos com sabor doce. As frutas devem ser oferecidas in natura, amassadas, ao invés de sucos. O consumo de suco natural deve ser limitado e, se for oferecido, em pequena quantidade, após as refeições principais para ajudar a absorver melhor o ferro inorgânico. Porém, os sucos não devem ser utilizados como uma refeição ou lanche, por conterem menor densidade energética que a fruta em pedaços.
  • Técnicas inadequadas usadas na introdução dos alimentos complementares podem também prejudicar a aceitação desses alimentos como:
§         A desistência de oferecer os alimentos que a criança não aceitou bem, nas primeiras vezes, por achar que ela não os aprecia;
§         O uso de misturas de vários alimentos, comumente liquidificados ou peneirados, dificultando à criança testar os diferentes sabores e texturas dos novos alimentos que estão sendo oferecidos;
§         Ocorrendo a primeira recusa do novo alimento pela criança, a substituição da refeição por bebidas lácteas, se freqüente pode causar anemia e excesso de peso. Já foi demonstrado cientificamente que a criança, mesmo pequena, condiciona-se à oferta de um substituto para a alimentação recusada.
·         É importante que a mãe seja orientada sobre:
§         Se a criança recusar determinado alimento, oferecer novamente em outras refeições. Lembrar que são necessárias em média, oito a dez exposições a um novo alimento para que ele seja aceito pela criança;
§         No primeiro ano de vida não se recomenda que os alimentos sejam muito misturados, porque a criança está aprendendo a conhecer novos sabores e texturas dos alimentos;
§         Quando oferecer uma papa que não necessite de uma preparação mais elaborada, os alimentos devem ser amassados e colocados em porções separadas no prato da criança;
§         Quando a criança já senta à mesa, o exemplo do consumo desses alimentos pela família vai encorajá-la a consumi-los;
§         As refeições, almoço e jantar, não devem ser substituídas por refeições lácteas ou lanches.


Referência Bibliografica:
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para menores de dois anos. Um guia para o profissional da saúde na atenção básica/MS, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2 ed-Brasília 2010.

Recomendações para a papa salgada:

1.     Cozinhar todos os alimentos, para deixá-los macios.

2.     Amassar com garfo, não liquidificar e não passar na peneira.

3.     A papa deve ficar consistente, em forma de purê grosso.

4.     A primeira papa salgada deve ser oferecida no almoço ao completar 6 meses e ao completar 7 meses, conforme a aceitação, introduzir a segunda papa salgada no jantar.
Obs.: Sugestão para as mães que precisarem antecipar a introdução de alimentos complementares (retorno ao trabalho após a licença maternidade de 4 meses, retorno aos estudos, etc...):
- Iniciar a primeira papa salgada no almoço ao completar 4 meses e ao completar 5 meses, conforme a aceitação, introduzir a segunda papa salgada no jantar.

5.     A partir dos 8 meses, algumas preparações da casa como o arroz, feijão, cozidos de carne ou legumes podem ser oferecidos à criança, desde que amassados ou desfiados e que não tenham sido preparados com condimentos (temperos) picantes e excessivos.

6.     Não oferecer, como refeição, alimentos líquidos de baixa densidade energética do tipo sopas, caldos e sucos.

Sugestão: reproduzir este material para os profissionais que orientam a introdução de alimentos.

Referência Bibliogràfica:
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para menores de dois anos. Um guia para o profissional da saúde na atenção básica/MS, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2 ed-Brasília 2010.

Passo 6 dos Dez passos para uma alimentação saudável: Guia alimentar para menores de dois anos.

Passo 6: Ofereça à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.

  • Os nutrientes estão distribuídos nos alimentos de forma variada. Os alimentos são classificados, de acordo com o nutriente que apresenta em maior quantidade. Alimentos que pertencem ao mesmo grupo podem ser fonte de diferentes nutrientes. Exemplo: no grupo das frutas o mamão é fonte de vitamina A e o caju é fonte de vitamina C.

  • Todos os dias devem ser oferecidos alimentos de todos os grupos e devem-se variar os alimentos dentro de cada grupo. A oferta de diferentes alimentos, durante as refeições, como frutas e papas salgadas vai garantir o suprimento de todos os nutrientes necessários ao crescimento e desenvolvimento normais.

  • As carnes e o fígado, além de conter o ferro orgânico de alto aproveitamento biológico, facilitam a absorção do ferro inorgânico contido nos vegetais e outros alimentos, mesmo que adicionados em pequenas porções. O fígado é também uma excelente fonte de vitamina A. As vísceras podem ser recomendadas para consumo, no mínimo uma vez na semana.

  • O feijão e outras leguminosas também são importantes fontes de ferro inorgânico, quando consumidos junto com uma fonte de vitamina C.

  • Oferecer duas frutas diferentes por dia, selecionando as frutas da estação principalmente as ricas em vitamina A, como as amarelas ou alaranjadas e que sejam cultivadas localmente.

  • A papa deve conter um alimento de cada grupo: cereais ou tubérculos, leguminosas, legumes, verduras e carne ou ovo. A cada dia, escolher um novo alimento de cada grupo para compor a papa.

  • Para que o ferro presente nos vegetais folhosos e feijão seja melhor absorvido, os mesmos têm que ser consumidos com algum alimento rico em vitamina C. (exemplo: limão, acerola, tomate, goiaba, laranja) e carnes. As carnes também aumentam a absorção do ferro dos outros alimentos.

  • Sempre que possível, ofereça carne nas refeições e, no mínimo uma vez na semana, oferecer vísceras ou miúdos que são boas fontes de ferro.



Referência Bibliografica:
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para menores de dois anos. Um guia para o profissional da saúde na atenção básica/MS, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2 ed-Brasília 2010.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Você está falando comigo?


Conexão, sinergia, colaboração, parceria: COMUNICAÇÃO. Estas palavras capturam a energia e o poder do desenvolvimento humano. Há vinte anos, no Centro Innocenti, um grupo de profissionais de saúde e líderes globais uniram forças para uma causa que vale a pena – o apoio, promoção e proteção da amamentação por todo o mundo. A Semana mundial da amamentação foi criada para comemorar a Declaração de Innocenti e, desde então, tornou-se um evento anual celebrado por milhares de pessoas em todo o mundo.

Atualmente, a internet nos traz a possibilidade de encontrar facilmente informação sobre qualquer coisa. Usamos as redes sociais para encontrar rapidamente amigos e familiares que moram longe. Em relação à amamentação, existe muita informação disponível através destes canais. Não há dúvida de que a amamentação fornece uma bagagem de saúde nutricional e preventiva para bebês e crianças, e é uma das práticas mais sustentáveis da terra. A amamentação também é importante para as mulheres – ajudando-as a perder peso após o parto, protegendo-as contra o câncer de mama e outras doenças, e adiando o retorno da menstruação e ovulação. No entanto, em muitos lugares do mundo ainda travamos uma batalha contra os baixos índices de amamentação exclusiva e continuada. Por que existe uma lacuna entre o que sabemos e o que está efetivamente acontecendo, e o que podemos fazer a respeito? Assim como os componentes do leite materno, que formam um complexo vital de nutrientes e células vivas, a interação renovada e animada entre as pessoas é vital para cultivar e apoiar as mães que amamentam! Estas interações fazem com que a mãe saiba que não está sozinha! Enquanto governos locais e nacionais respondem ao crescimento das disparidades no sistema de saúde e recessão econômica em suas comunidades, a amamentação se estabelece consistentemente como uma iniciativa sustentável, democrática e uma resposta de baixo custo a estas pressões. Campanhas tais como a SMAM, Healthy People 2020 nos EUA, One Million Campaign e outras políticas de saúde em muitos países, esclarecem às mães que é possível amamentar.

Com tantas formas de comunicação acessíveis pela ponta dos dedos, agora é o momento perfeito para compartilhar e empoderar. O desafio é encontrar mensagens criativas com as quais possamos nos identificar, envolvendo também espectadores não-tradicionais. Um público importante é a geração jovem. Jovens tem uma variedade de idéias, energia e entusiasmo e desempenham um importante papel na formação do futuro de suas comunidades. Uma mãe precisa sentir-se apoiada, mas este apoio precisa vir de fontes e setores múltiplos, com mensagens corretas e consistentes de todos os seus contatos.

O tema da SMAM 2011 nos lembra que amamentar é uma experiência 3D – uma oportunidade de ter um maior alcance, um investimento em um futuro saudável e, finalmente, uma lente ímpar através da qual vemos o mundo. Lembremos – para obter sucesso nesta campanha precisamos comunicar. Nós somos o mundo, e nós queremos saber porque amamentar é importante. Este ano estamos pedindo a cada um de vocês que amplie seus horizontes, através de todo e qualquer meio de comunicação ao qual tenha acesso, e compartilhe as mensagens necessárias para empoderar toda mulher e toda comunidade, para que tenham sucesso no ideal de amamentação.

Tradução livre de Bianca Balassiano Najm

Retirado de  World Breastfeeding Week Calendar 2011

HISTÓRICO SEMANA MUNDIAL DA AMAMENTAÇÃO




XX SEMANA MUNDIAL DA AMAMENTAÇÃO 2011

PROGRAMAÇÃO - XX SEMANA MUNDIAL DA AMAMENTAÇÃO 2011

quinta-feira, 14 de abril de 2011

3º Seminário de Humanização das Assistências Obstétrica e Neonatal.


Passo 5 dos Dez passos para uma alimentação saudável: Guia alimentar para menores de dois anos.

Passo 5: A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher. Começar com consistência pastosa e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.

  • As refeições, quanto mais espessas e consistentes, apresentam maior densidade energética (caloria/grama de alimento), comparadas com as dietas diluídas, do tipo sucos e sopas ralas.
  • Como a criança tem capacidade gástrica pequena e consome poucas colheradas no início da introdução dos alimentos complementares, é necessário garantir o aporte calórico com papas de alta densidade energética

  • Aos 6 meses, a trituração dos alimentos complementares é realizada com as gengivas que já se encontram suficientemente endurecidas (devido a aproximação dos dentes da superfície da gengiva).
  • A introdução da alimentação complementar espessa vai estimular a criança nas funções de lateralização da língua, jogando os alimentos para os dentes trituradores e no reflexo de mastigação.
  • Com 8 meses, a criança que for estimulada a receber papas com consistência espessa, vai desenvolver melhor a musculatura facial e a capacidade de mastigação. Assim, ela aceitará, gradativamente, com mais facilidade a comida da família a partir dessa idade.
  • É importante que o profissional de saúde reforce junto à mãe e ao cuidador o uso dos termos como papa ou comida. Procure não utilizar o termo sopa de legumes, pois esse dá a idéia de consistência líquida e semilíquida, sendo contra indicada para crianças, pois não fornece energia e nutrientes em quantidade suficiente.
  • No início da alimentação complementar, os alimentos oferecidos à criança devem ser preparados especialmente para ela. Os alimentos devem ser bem cozidos. Nesse cozimento deve sobrar pouca água na panela, ou seja, os alimentos devem ser cozidos em água suficiente para amaciá-los

  • Ao colocar os alimentos no prato, amassa-los com garfo. A consistência terá o aspecto paposo (papa/purê). A utilização do liquidificador e da peneira é totalmente contra indicada, porque a criança está aprendendo a distinguir a consistência, sabores e cores dos novos alimentos, além do que, os alimentos liquidificados não vão estimular o ato da mastigação.

Referências Bibliografica:
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para menores de dois anos. Um guia para o profissional da saúde na atenção básica/MS, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2 ed-Brasília 2010.

Passo 4 dos Dez passos para uma alimentação saudável: Guia alimentar para menores de dois anos.

Passo 4: A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança.

  • Crianças amamentadas desenvolvem muito cedo a capacidade de autocontrole sobre a ingestão de alimentos, de acordo com as suas necessidades, pelo aprendizado da saciedade e pela sensação fisiológica da fome, durante o período de jejum. Mais tarde, dependendo dos alimentos e da forma como lhe são oferecidos, também desenvolvem o autocontrole sobre a seleção dos alimentos.
  • É importante distinguir os sinais de fome de outras situações de desconforto da criança, como sede, sono, frio, calor ou fraldas molhadas ou, sujas, necessidade de carinho e presença da mãe/pai.
  • Não oferecer comida ou insistir para a criança comer quando ela não está com fome. Esquemas rígidos de alimentação prejudicam o adequado desenvolvimento do autocontrole da ingestão alimentar pela criança.
  • Oferecer a alimentação complementar sem rigidez de horários, com intervalos regulares (2 a 3 horas), para que a criança sinta a necessidade de se alimentar (fome). O tamanho da refeição está relacionado positivamente com os intervalos entre as refeições. Isso é, grandes refeições estão associadas a longos intervalos e vice-versa.
  • Nos primeiros dias de oferta de alimentos complementares, a mãe pode oferecer leite materno, caso a criança demonstre que ainda está com fome.
  • Não castigue ou ofereça prêmios para a criança que não comeu a quantidade considerada necessária. Algumas crianças precisam ser estimuladas a comer, nunca forçadas. Mães/pais/cuidadores podem se ver tentados a oferecer alimentos a toda hora, mesmo quando a criança não esteja sentindo fome.
  • A criança que inicia a alimentação complementar está aprendendo a testar novos sabores e texturas de alimentos e sua capacidade gástrica é pequena. Após os 6 meses a capacidade gástrica do bebê é de 20 a 30ml/kg de peso.

Referências Bibliografica:
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para menores de dois anos. Um guia para o profissional da saúde na atenção básica/MS, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2 ed-Brasília 2010.

Passo 3 dos Dez passos para uma alimentação saudável: Guia alimentar para menores de dois anos.

Passo 3: Após 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno.
  • Os alimentos complementares especialmente preparados para a criança são chamados de alimentos de transição e contribuem com o fornecimento de energia, proteínas, vitaminas e minerais, além de preparar a criança para a formação dos hábitos alimentares saudáveis.
  • Complementa-se a oferta de leite materno com alimentos saudáveis que são mais comuns à região e ao hábito alimentar da família.
  • A introdução dos alimentos complementares deve ser feita com colher ou copo, no caso de oferta de líquidos.
  • A partir do momento que a criança começa a receber qualquer outro alimento, a absorção do ferro do leite materno reduz significativamente, por esse motivo a introdução de carnes e vísceras (ex. fígado, coração, moela), mesmo que seja em pequena quantidade, é muito importante.
  • Para aumentar a absorção do ferro presente nos alimentos de origem vegetal, como por exemplo, os vegetais verde-escuro, é importante o consumo de alimentos fonte de vitamina C, junto ou logo após a refeição.
Esquema alimentar para crianças amamentadas

Após completar 6 meses
Após completar 7 meses
Após completar 12 meses
Leite materno sob livre demanda
Leite materno sob livre demanda
Leite materno e fruta ou cereal ou tubérculo
Papa de fruta
Papa de fruta
Fruta
Papa salgada
Papa salgada
Refeição básica da família
Papa de fruta
Papa fruta
Fruta ou pão simples ou tubérculo ou cereal
Leite materno
Papa salgada
Refeição básica da família

Obs.1: o ovo inteiro e cozido pode ser introduzido aos 6 meses.
Obs.2: Ao completar 8 meses, a criança já pode receber gradativamente a alimentação básica da família desde que não muito temperada, sem alimentos industrializados e gordurosos (ex. bacon, banha, lingüiça), com pouco sal e oferecidos amassados, desfiados, triturados ou picados em pequenos pedaços.
  • A papa salgada deve conter um alimento de cada grupo.
Grupos de alimentos

Cereais e tubérculos
Exemplos: Arroz, aipim (mandioca, macaxera), batata-doce, macarrão, batata, cará, farinhas, batata-baroa e inhame.
Legumes, verduras e frutas
Exemplos: Folhas verdes, laranja, abóbora (jerimum), banana, beterraba, abacate, quiabo, mamão, cenoura, melancia, tomate, manga, caju, maça, caqui, limão, abacaxi, acerola, goiaba, kiwi.
Carnes e Ovos
Exemplos: Frango, codorna, peixe, pato, boi, vísceras (miúdos) e ovos.
Leguminosas (grãos)
Exemplos: Feijões, lentilha, ervilha seca, soja e grão-de-bico.


Referências Bibliografica:
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para menores de dois anos. Um guia para o profissional da saúde na atenção básica/MS, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2 ed-Brasília 2010.

Passo 2 dos Dez passos para uma alimentação saudável: Guia alimentar para menores de dois anos.

Passo 2: A partir dos 6 meses, introduza de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os 2 anos de idade ou mais.

  • A partir dos 6 meses, as necessidades nutricionais da criança já não são mais atendidas só com o leite materno, embora este ainda continue sendo uma fonte importante de calorias e nutrientes.
  • A partir dos 6 meses o reflexo de protrusão da língua diminui progressivamente, o que facilita a ingestão de alimentos semissólidos, as enzimas digestivas são produzidas em quantidades suficientes para essa nova fase; e a criança desenvolve habilidade para sentar-se, facilitando a alimentação oferecida por colher.
  • A introdução dos alimentos complementares deve ser lenta e gradual (aos poucos).
  • No início, a criança pode rejeitar as primeiras ofertas, porque tudo para ela é novidade (a colher, o sabor e a consistência do alimento).
  • Mesmo recebendo outros alimentos, a criança deve continuar a mamar no peito até os dois anos ou mais: O leite materno continua alimentando a criança e protegendo-a contra doenças.
  • Há crianças que se adaptam facilmente às novas etapas e aceitam muito bem os novos alimentos. Outras precisam de mais tempo, não precisando esse fato ser motivo de ansiedade e angustia para as mães.
  • No início da introdução dos alimentos, a quantidade que a criança ingere pode ser pequena. Após a refeição, se a criança demonstrar sinais de fome poderá ser amamentada.
  • Nesta fase, é necessário oferecer água tratada, filtrada, nos intervalos das refeições.
  • As frutas, legumes e verduras produzidas na sua região apresentam na sua composição importantes vitaminas e minerais que contribuem para o crescimento das crianças.

Esquema para introdução dos alimentos complementares

IDADE
TIPO DE ALIMENTO
Até completar 6 meses
Aleitamento materno exclusivo
Ao completar 6 meses
Leite materno, papa de fruta, papa salgada
Ao completar 7 meses
Segunda papa salgada
Ao completar 8 meses
Gradativamente passar para a alimentação da família
Ao completar 12 meses
Comida da família


Referências Bibliografica:
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para menores de dois anos. Um guia para o profissional da saúde na atenção básica/MS, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2 ed-Brasília 2010.