sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

NBCAL continua...

Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas, Mamadeiras e Protetores de Mamilo (NBCAL) e Lei 11.265/2006.

Para os lactentes somente a amamentação atende aos três princípios básicos da segurança alimentar: qualidade, quantidade e regularidade.
Nenhum outro alimento é capaz de se equiparar ao leite materno na sua qualidade, por se tratar de uma substância viva específica para os seres humanos.
Ao mamar no peito livremente, o bebê é quem está no controle da situação, sendo plenamente atendido nas suas necessidades nutricionais e afetivas.
A produção do leite materno é regulada pela sucção do bebê, ou seja, quanto mais ele mama mais leite a mãe produz. Dessa maneira, os quesitos quantidade e regularidade são plenamente contemplados.
Na impossibilidade do aleitamento materno (AM) faz-se necessário o uso de alimentos substitutos do leite materno (LM) nas suas diversas formas de apresentação (leite fluído ou em pó, integral ou modificado e similar de origem vegetal).
Assim como na introdução da alimentação complementar os alimentos de transição e à base de cereais, ou bebidas à base de leite ou não, se encontram disponíveis para serem oferecidos aos lactentes, como também os produtos de puericultura correlatos (protetores de mamilo, bicos, chupetas e mamadeiras).
Entretanto na fabricação desses existem algumas exigências legais, que implicarão em penalidades, caso não sejam cumpridas.
Essas exigências legais se referem à composição do rótulo desses produtos, ou seja, as informações que são proibidas, as advertências e os destaques que são obrigatórios.
As informações que são proibidas nos rótulos dos produtos regulamentados pela Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras – NBCAL encontram-se descritas no quadro a seguir (no verso).
As advertências e os destaques que são obrigatórios serão abordados nos próximos números do “Colostro”.
 
Referência: Alimentos para crianças de até 3 anos, bicos, chupetas e mamadeiras. Cartilha Informativa. IBFAN BRASIL, 1ª Edição. Jundiaí-SP, 2007.


 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Continua NBCAL




 
Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas, Mamadeiras e Protetores de Mamilo (NBCAL) e Lei 11.265/2006.

Continuação...
 
            A amamentação é um processo delicado, no qual o “empoderamento” das mulheres e a elevação de sua auto-estima, pilares importantes para uma amamentação bem sucedida, passam pelo apoio e acesso à informação adequada, além de um ambiente propício para sua prática, desde o espaço familiar e comunitário até os serviços de saúde  e locais de trabalho.

            As evidências acumuladas até a atualidade têm mostrado que a comercialização agressiva de substitutos do leite materno apresenta consequências drásticas sobre a amamentação e a mortalidade Infantil.

            Estima-se que um milhão e meio de mortes de crianças abaixo de 5 anos poderiam ser evitadas se as taxas atuais de amamentação exclusiva alcançassem uma cobertura de 90% da população infantil nos países do terceiro mundo.

            A importância da NBCAL e da LEI 11.265/2006

            Uma das importantes conquistas brasileiras no campo da proteção à amamentação foi regular, por meio da NBCAL e Lei 11.265/2006, as práticas de propaganda e marketing das indústrias de alimentos, mamadeiras e bicos e, em especial, impedir a agressividade mercadológica na promoção dos seus produtos.

            A NBCAL deve ser um instrumento de uso cotidiano de todos os cidadãos brasileiros, para assegurar que as crianças pequenas obtenham proteção legal e social contra o perigoso desmame precoce e suas nefastas consequências.

            Para colocar a NBCAL e Lei 11.265/2006 em prática faz-se necessário que todos os setores da sociedade participem da sua divulgação e cumprimento, principalmente os fabricantes, distribuidores e importadores, as organizações governamentais e não governamentais, em especial as que defendem o consumidor, todas as instituições que prestam serviços de saúde ou assistência social e todas as entidades que congreguem profissionais ou pessoal de saúde.

Uma imagem a preservar

            A competitividade de hoje, faz com que as empresas precisem elevar cada vez mais os seus padrões de qualidade, a fim de manter uma boa imagem no mercado. Vale lembrar que a qualidade de um produto ou serviço é reflexo da qualidade do ambiente, do material, dos equipamentos, dos gestores e das pessoas.

            Qualidade e imagem para o mercado são fatores que andam lado a lado com ética e cidadania. Por isso conhecer a NBCAL e a Lei 11.265/2006 que se aplicam à fabricação, comercialização, distribuição e orientações de uso para produtos fabricados no país ou importados se torna muito importante.

               
Os produtos regulamentados pela NBCAL e pela LEI 11.265/2006:

 



Fórmulas infantis para lactentes (de 0 a 6 meses) e fórmulas infantis de seguimento para     lactente (6 meses a 1 ano de idade).

 





Fórmula de nutrientes apresentada ou indicada para recém-nascido de alto risco.

 


Fórmulas infantis de seguimento para crianças de primeira infância (de 1 a 3 anos de idade).

 


Leites fluidos, leite em pó, leite em pó modificado e similares de origem vegetal.

 


Alimentos de transição e bebidas à base de leite ou não indicados para lactentes e crianças de primeira infância.







Alimentos à base de cereais indicados para lactentes ou crianças de primeira infância.






Mamadeiras, bicos, chupetas e protetores de mamilo.

 




Referência: Alimentos para crianças de até 3 anos, bicos, chupetas e mamadeiras. Cartilha Informativa. IBFAN BRASIL, 1ª Edição. Jundiaí-SP, 2007.

NBCAL


Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas, Mamadeiras e Protetores de Mamilo (NBCAL) e Lei 11.265/2006.


A criança tem direito a uma alimentação que propicie o alcance máximo de suas potencialidades, desde o início da vida. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, ela deve ser amamentada exclusivamente durante os seis primeiros meses de vida, ou seja, receber apenas o leite materno, sem adição de água, chá, suco ou outros alimentos.

A amamentação deve ser mantida pelo menos até os dois anos de idade, necessitando ser complementada depois dos seis meses com alimentos saudáveis, evitando os produtos industrializados.

O governo brasileiro assumiu o compromisso internacional de garantir o direito humano à segurança alimentar por meio da adoção de políticas públicas e ações adequadas, entre as quais uma legislação para proteger o aleitamento materno contra as pressões comerciais – a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas, Mamadeiras e Protetores de Mamilo (NBCAL).

De longa data, sabe-se que um dos fatores que contribuem para o desmame precoce e alimentação complementar inadequada são as estratégias utilizadas pelos fabricantes de leites artificiais, alimentos infantis industrializados, mamadeiras e chupetas para aumentar suas vendas.

A NBCAL e a IBFAN.

Aprovada em 1988, a NBCAL foi revisada em 1992 e novamente em 2001-2002 e contempla três documentos – Portaria 2051 do Ministério da Saúde, RDC 221 e 222 da ANVISA. Adicionalmente, em 2006 a NBCAL foi sancionada como Lei11. 265, que ainda aguarda ser regulamentada.

Desde sua criação, há mais de 30 anos, o acompanhamento da atuação dos governos e das empresas quanto à efetivação da política de proteção do aleitamento materno tem sido um compromisso da Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar (IBFAN). No Brasil, em 2011 a IBFAN Brasil completou 30 anos e tem sido a única organização não governamental a trabalhar pela defesa legal da amamentação. Sua atuação colaborou para a criação da NBCAL, suas revisões e aprovação da Lei 11.265 em 2006. Desde o lançamento da NBCAL, a IBFAN realiza cursos de capacitação e monitoramento das práticas de marketing e comercialização de produtos que competem com a amamentação.

Os últimos monitoramentos realizados revelam a persistência de infrações e também o incremento das práticas de marketing utilizadas pelas indústrias, importadores, distribuidores e comerciantes de alimentos infantis, bicos, chupetas e mamadeiras, o que reforça a necessidade de vigilância constante para garantir direitos e proteção legal à amamentação e ao consumidor infantil.

 

Referência: VIOLANDO AS NORMAS – 20011.  Resumo do Relatório do Monitoramento Nacional da NBCAL e Lei 11.265/2006. Realização IBFAN BRASIL e apoio do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC.

Aconselhamento de Pares


   
         Há cerca de 60 anos, algumas mulheres que se reuniam para dar apoio umas às outras durante a amamentação, perceberam que poderiam ajudar muitas outras mães se as pessoas que rodeavam essas mulheres fossem solidárias e tivessem alguns conhecimentos sobre como a amamentação funciona.

Assim, em 1956, nascia “La Leche League”, que disseminou pelo mundo um movimento em prol da amamentação, de “mães apoiando mães”.

No entanto algumas vezes as mulheres sentem que para serem ajudadas, precisam de apoio individual e o melhor lugar para receber a ajuda é em sua própria casa, onde é visitada por uma outra mãe capacitada, nascendo o conceito de Aconselhamento Individual de Pares.

 
A SMAM de 2013 teve como proposta:

      Mostrar a importância do Aconselhamento de Pares para apoiar as mães no longo processo da amamentação;

       Envolver os profissionais de saúde na formação de Conselheiros de Pares na comunidade;

       Promover a capacitação de pessoas para se tornarem Conselheiros de Pares na comunidade, para dar apoio às mães que amamentam;

       Incentivar os hospitais para que se tornem “Amigos da Criança” e que, ao cumprir o Passo 10, deleguem esforços para formar Conselheiros de Pares na comunidade.

 
Ações que podem ser desenvolvidas:

1- Nos Serviços de Saúde

      Informar os profissionais sobre os benefícios de usar as habilidades de aconselhamento para apoiar a amamentação;

      Capacitar os profissionais nas habilidades de aconselhamento;

      Incentivar que os profissionais se envolvam nas capacitações e nas atualizações de Conselheiros de Pares na comunidade;

      Encaminhar as mães para os Grupos de Apoio e para os Conselheiros de Pares na comunidade.

2- Na Comunidade

      Informar-se sobre a existência de Grupos de Apoio às mães ou mulheres na sua comunidade;

      Visitá-los e ver como funcionam, quantas mulheres apoiam e se apoiam na amamentação;

      Oferecer capacitações sobre o manejo da amamentação e em habilidades de aconselhamento;

      Escrever sobre os grupos e publicar em revistas leigas e/ou científicas seu efeito nas taxas de amamentação;

      Divulgar os grupos dentro do seu ambiente de trabalho, nas reuniões com gestores e com outras organizações que possam ajudar na sua multiplicação.


3- Junto aos gestores e financiadores

      Procure oportunidades para conversar com gestores e financiadores sobre o Aconselhamento de Pares;

      Procure convencer os financiadores a investir nas capacitações sobre aconselhamento para profissionais de saúde e para formar Conselheiros de Pares na comunidade;

      Explique como os Conselheiros de Pares podem economizar para o sistema de saúde e dinamizar o apoio ao aleitamento materno na comunidade, diminuindo as taxas de adoecimento infantil.

4- Junto às mães e outras pessoas da comunidade

      Procure por oportunidades de participar de reuniões de mulheres da comunidade;

      Incentive as mães que tiveram êxito na amamentação para que sejam Conselheiras de Pares;

      Ofereça capacitações e atualizações às mães e outras mulheres interessadas em apoiar a amamentação para serem Conselheiras de Pares;

      Informe as gestantes e novas mães o valor de participarem de grupos de apoio à amamentação e a importância da ajuda de outras mães experientes.

 

Aconselhando... (poema aos profissionais de saúde)

 

Para a mãe se sentir confiante

Sente-se com ela, bem perto.

Entenda-a de coração aberto

E elogie as coisas que faz certo!

 

Aceite o que ela pensa e sente,

Sem discutir essa questão.

Coloque os fatos suavemente

E evite dizer a palavra “Não”.

 

Peso, choro, regurgitação...

Todo mundo da família,

Pai, sogra, comadre e titia,

Sempre dá sua opinião...

 

Ajude-a a fazer um mergulho

Para dentro de si e encontrar

A força que saberá usar

Para resistir a tanto barulho.

 

Deixe que a mãe decida,

Não banque seu comandante,

Ela é dona da própria vida,

Apenas sugira, delicadamente!

 

Abra a ela a sua agenda,

Diga que volte quando precisar...

A alma da mãe que amamenta,

Fica aflita e precisa descansar.
 
Referência: Apresentação preparada para SMAM/2013 pela Dra. Ana Júlia Colameo (Médica Pediatra, Neonatologista, Mestre em Saúde Coletiva, Conselheira em Amamentação pela OMS/UNICEF e Membro da IBFAN).

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Projeto “Agosto Dourado”


 

 
Em 2000, a ONU, observando os maiores problemas mundiais que afetavam diretamente os seres humanos, estabeleceu os 8 Objetivos do Milênio. Dentre eles está a redução da mortalidade infantil que se encontra diretamente vinculada ao aleitamento materno.
 
Sabemos que o leite materno é o único alimento capaz de garantir a sobrevivência humana em condições de extrema pobreza, melhorando a qualidade de vida de milhões de crianças em todo mundo.
 
Internacionalmente encontramos alguns movimentos, já bem conhecidos, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, para a prevenção do câncer de mama e de próstata, respectivamente.
 
Se o assunto prevenção é um mobilizador de campanhas permanentes, com visibilidade publicitária e alcance mundial, de importância tal que chega a colorir monumentos mundialmente conhecidos, entendemos que a atenção voltada à alimentação segura e oportuna no início da vida não é menos importante.
 
Desta forma, considerando:
 
1º- A necessidade de fortalecer a promoção do aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida e complementado por até dois anos ou mais, com alimentos saudáveis oferecidos de forma adequada;
 
2º- A importância da rede de apoio em torno do binômio mãe/bebê para o sucesso do aleitamento materno;
 
3º- E a ação essencial que a atenção profissional capacitada e segura apresenta durante a gestação com incentivo ao parto natural.
 
Propomos a implementação do “Agosto Dourado”, mês que já é símbolo do incentivo à amamentação, durante a Semana Mundial da amamentação.
 
O “Agosto Dourado” envolveria todas as ações promotoras dos hábitos alimentares saudáveis, adequados e oportunos para o bem estar da criança, desde o seu nascimento até os dois anos de vida ou mais, bem como fortalecer as redes sociais de apoio à mulher que amamenta e alimenta a sua criança.
 
Pretende-se utilizar como símbolo “o laço dourado”, confirmando o padrão ouro de qualidade do leite materno. O laço dourado trás, em si, várias representações que estão relacionadas à saúde da mulher e da criança.
 
Cada parte de sua composição tem um significado, sendo um lado representado pela criança e o outro pela mãe, ambos em perfeita harmonia simétrica simbolizando que o sucesso da amamentação advém dessa simbiose.
 
 A configuração do laço dourado diverge de todos os outros em sua estrutura, havendo um nó que entrelaça os dois lados, representando a figura paterna, bem como a família e toda a rede social de apoio, reafirmando a importância dessa relação para o sucesso da amamentação.
 
Pretende-se com a comemoração do Agosto Dourado colher mais e expressivos resultados nos índices de aleitamento materno, com introdução oportuna e adequada de alimentos saudáveis às crianças, pelo maior envolvimento não só dos profissionais e instituições que já incentivam a sua prática, mas também de outros movimentos governamentais e não governamentais.
 
Coordenação da WABA (Aliança Mundial de Ação pró-Amamentação) - Brasil

SMAM 2013


XXII Semana Mundial da Amamentação/SMAM 2013

                  Em 1° de agosto de 1990, diversas organizações internacionais e representantes de governos de 40 países (inclusive o Brasil), estiveram reunidos em Florença, na Itália, onde firmaram a “Declaração de Innocenti” sobre a promoção e apoio a amamentação. Por esta declaração, os signatários se comprometeram a promover o aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida e a continuidade da amamentação até o segundo ano de vida da criança ou mais.
                  A Semana Mundial de Aleitamento Materno vem sendo comemorada desde 1992, de 1 a 7 de Agosto. Nessa oportunidade, através de vários meios de comunicação, pessoas ligadas à área de Amamentação, em várias partes do mundo, unem-se numa grande festa, propagando o Aleitamento Materno.
                 Todos os anos, os organizadores internacionais do evento escolhem um tema:
1992: Hospitais Amigos da Criança
1993: Mulher, Trabalho e Amamentação
1994: Faça o Código Funcionar
1995: Amamentação Fortalece a Mulher
1996: Amamentação, uma Responsabilidade de Todos
1997: Amamentar é um Ato Ecológico
1998: Amamentar é um Barato... O Melhor Investimento
1999: Amamentar é Educar para a Vida
2000: Amamentar é um Direito Humano
2001: Amamentar na Era da Informação
2002: Amamentação: Mães e Bebês Saudáveis
2003: Amamentação: Promovendo a Paz em um Mundo Globalizado
2004: Amamentação Exclusiva: Satisfação, Segurança e Sorrisos
2005: Amamentação e Alimentos Complementares
2006: Amamentação: “Os 25 anos do Código Internacional”
2007: Amamentação: “A Primeira Hora Salva um Milhão de Bebês”
2008: Se o assunto é amamentar, apoio à mulher em primeiro lugar.
2009: Amamentação, a segurança alimentar nas emergências. 
2010: Hospital Amigo da Criança: 10 passos que valem uma vida.

2011: Amamentação: uma experiência em 3 D. Fale comigo!
2012: Entendendo o passado, planejando o futuro: comemorando 10 anos da estratégia global OMS/Unicef para a Alimentação Infantil e da Criança Pequena.           
Para a SMAM 2013, o tema escolhido é o Apoio à Mulher na Amamentação, com o slogan “Apoio às mães que amamentam: próximo, contínuo e oportuno”. O objetivo do tema é ressaltar a importância da rede de apoio para o sucesso da amamentação.

Semana Mundial da Amamentação –SMAM 2013


 

Círculos de Apoio à Amamentação:

OS CINCO CÍRCULOS DE APOIO à amamentação ilustram as possíveis influencias sobre a decisão de uma mãe amamentar e ter uma experiência positiva em aleitamento materno.

AS MULHERES NO CÍRCULO CENTRAL: As mulheres estão no centro do círculo, a presença ou ausência de apoio e ajuda tem impacto direto sobre elas. As mulheres têm também um papel importante tanto na obtenção quanto no fornecimento de apoio e ajuda a outras mulheres. Dentro da Iniciativa Global de Apoio à Mãe (GIMS) para a Declaração de Amamentação (2007) foi observado que “As mães são consideradas participantes ativas na dinâmica de apoio, sendo fornecedoras e receptoras de informações e de apoio”.

FAMÍLIA E REDE SOCIAL: Os maridos/companheiros/pais, familiares e amigos compõem a rede de apoio imediato e continuado a mãe. O apoio social inclui o apoio da comunidade no mercado de trabalho, em qualquer contexto religioso, no parque do bairro, etc. O apoio durante a gestação diminui o estresse da mulher. O apoio durante o parto e nascimento empodera a mãe. O apoio social aumenta a confiança da mulher em sua capacidade de amamentar além das primeiras semanas e meses. Os grupos de mães na comunidade ajudam as mulheres a trocarem experiências e a se sentirem mais confiantes.
 
 
SISTEMA DE SAÚDE: Inclui diversas formas de apoio desde cuidados no pré-natal, durante o parto, no pós-parto imediato, facilitando o vínculo mãe e bebê e a alimentação infantil ótima. Também possui profissionais de saúde capacitados em técnicas de aconselhamento para apoiar e ajudar mães antes e após o nascimento. Os grupos de gestantes e grupos de mães coordenados por profissionais capacitados em aconselhamento em amamentação influenciam positivamente no estabelecimento, manutenção, duração da amamentação e conciliação da amamentação com o retorno da mulher ao trabalho. O Programa Saúde da Família, Rede Cegonha, Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, a Iniciativa Hospital Amigo da Criança, Método Canguru e a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano fazem parte deste círculo que apoia e ajuda a mãe a iniciar a amamentação na primeira hora após o parto, a amamentar exclusivamente por seis meses e a continuar a amamentação por 2 anos ou mais com a complementação de uma alimentação saudável.

 
O EMPREGO/ O LOCAL DE TRABALHO: As mulheres trabalhadoras enfrentam desafios e precisam de apoio para conciliar trabalho e amamentação com sucesso. As oportunidades de apoio às mães variam tanto quanto as ocupações das mulheres, mas geralmente incluem o contato mãe-bebê ou a extração e estocagem do leite materno no local de trabalho. Nesse sentido, como parte do apoio, a estratégia “Mulher Trabalhadora Que Amamenta”, do Ministério da Saúde,  preconiza a licença maternidade de 180 dias, a criação de creches em empresas que empregam mais de 30 mulheres acima de 16 anos e a criação da sala de apoio à amamentação nos locais de trabalho..

 
O GOVERNO / A LEGISLAÇÃO: As mulheres que planejam amamentar ou que já estão amamentando contam com o apoio de documentos internacionais e leis nacionais que protegem a amamentação e a alimentação infantil ótima, como a que combate a comercialização agressiva de substitutos do leite materno (NBCAL e a Lei 11.265/2006), o direito à estabilidade no emprego e à licença maternidade, pausa para amamentar durante a jornada de trabalho, direito a creche, a licença paternidade, direitos da mãe estudante, direitos das mães privadas de liberdade, direito das mães adotivas, extensão da licença maternidade para seis meses e a lei do acompanhante (o direito da mulher a um acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato).

 
AS RESPOSTAS ÀS CRISES OU EMERGÊNCIA: Este círculo de apoio representa a necessidade de apoio à alimentação infantil quando uma mulher se encontra em uma situação inesperada e/ou grave, com pouco controle da situação. Situações que exigem planejamento especial e apoio são: desastres naturais como enchentes, terremotos, furacões e desabamentos, processo de divorcio, doença grave da mãe ou do bebê, mulher soropositiva para o HIV ou sem nenhum apoio a alimentação infantil. Em caso de crises e emergência o profissional capacitado em amamentação precisa ser consultado quanto à alimentação infantil ótima em cada situação. As doações de fórmulas e leites infantis devem ser desencorajadas em casos de situações de emergência – os profissionais capacitados em amamentação devem atuar na comunidade afetada no sentido de manter a amamentação, visando à sobrevivência infantil e a saúde da criança.

 
Fonte: http://www.waba.org.my/whatwedo/gims/gims+5.htm             SMAM 2013 WABA

Alimentos Orgânicos e Agroecológicos – 3ª parte

Os alimentos orgânicos não apresentam riscos maiores de intoxicação por bactérias, como a Salmonela e a Escherichia coli, pois ao contrário dos resíduos de agrotóxicos, esses patógenos que também ocorrem nos alimentos produzidos com agrotóxicos podem ser eliminados com a velha e boa lavagem ou com o simples cozimento.


 Destacamos as vantagens de consumir produtos orgânicos:

1- Evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas. Pesquisas e estudos tem demonstrado que os agrotóxicos são prejudiciais ao nosso organismo e os resíduos que permanecem nos alimentos podem provocar reações alérgicas, respiratórias, distúrbios hormonais, problemas neurológicos e até câncer.
 
2- Alimentos orgânicos são mais nutritivos. Solos ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo.
 
3- Alimentos orgânicos são mais saborosos. Sabor e aroma são mais intensos, em sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam alterá-los.
 
4- Protege futuras gerações de contaminação química. A intensa utilização de produtos químicos na produção de alimentos afeta o ar, o solo, a água, os animais e as pessoas. A agricultura orgânica exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico; e tem como base de seu trabalho a preservação dos recursos naturais.
 
5- Evita a erosão do solo. Através das técnicas orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado, compostagem, etc., o solo se mantém fértil e permanece produtivo ano após ano.
 
6- Protege a qualidade da água. Os agrotóxicos utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis d’água e poluem rios e lagos.
 
7- Restaura a biodiversidade, protegendo a vida animal e vegetal. A agricultura orgânica respeita o equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis. A vida silvestre, parte essencial do estabelecimento agrícola é preservada e áreas naturais são conservadas.
 
8- Ajuda os pequenos agricultores. Em sua maioria, a produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que tem na terra a sua única forma de sustento. Mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo orgânico prende o homem a terra e revitaliza as comunidades rurais.
 
9- Economiza energia. O cultivo orgânico dispensa os agrotóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual dos canteiros. É o procedimento contrário da agricultura convencional que se apoia no petróleo como insumo de agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a intensa mecanização que a caracteriza.
 
10- O produto orgânico é certificado. A qualidade do produto orgânico é assegurada por um Selo de Certificação, que é fornecido pelas associações de agricultura orgânica ou por órgãos certificadores independentes, que verificam e fiscalizam a produção de alimentos orgânicos desde a sua produção até a comercialização. O Selo de Certificação é a garantia do consumidor de estar adquirindo produtos mais saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico.

Fonte: Ambiente Brasil

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida recomenda o documentário “O Veneno está na Mesa”, de Silvio Tendler, totalmente disponível no site da campanha (www.contraosagrotoxicos.org).