segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Projeto “Agosto Dourado”


 

 
Em 2000, a ONU, observando os maiores problemas mundiais que afetavam diretamente os seres humanos, estabeleceu os 8 Objetivos do Milênio. Dentre eles está a redução da mortalidade infantil que se encontra diretamente vinculada ao aleitamento materno.
 
Sabemos que o leite materno é o único alimento capaz de garantir a sobrevivência humana em condições de extrema pobreza, melhorando a qualidade de vida de milhões de crianças em todo mundo.
 
Internacionalmente encontramos alguns movimentos, já bem conhecidos, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, para a prevenção do câncer de mama e de próstata, respectivamente.
 
Se o assunto prevenção é um mobilizador de campanhas permanentes, com visibilidade publicitária e alcance mundial, de importância tal que chega a colorir monumentos mundialmente conhecidos, entendemos que a atenção voltada à alimentação segura e oportuna no início da vida não é menos importante.
 
Desta forma, considerando:
 
1º- A necessidade de fortalecer a promoção do aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida e complementado por até dois anos ou mais, com alimentos saudáveis oferecidos de forma adequada;
 
2º- A importância da rede de apoio em torno do binômio mãe/bebê para o sucesso do aleitamento materno;
 
3º- E a ação essencial que a atenção profissional capacitada e segura apresenta durante a gestação com incentivo ao parto natural.
 
Propomos a implementação do “Agosto Dourado”, mês que já é símbolo do incentivo à amamentação, durante a Semana Mundial da amamentação.
 
O “Agosto Dourado” envolveria todas as ações promotoras dos hábitos alimentares saudáveis, adequados e oportunos para o bem estar da criança, desde o seu nascimento até os dois anos de vida ou mais, bem como fortalecer as redes sociais de apoio à mulher que amamenta e alimenta a sua criança.
 
Pretende-se utilizar como símbolo “o laço dourado”, confirmando o padrão ouro de qualidade do leite materno. O laço dourado trás, em si, várias representações que estão relacionadas à saúde da mulher e da criança.
 
Cada parte de sua composição tem um significado, sendo um lado representado pela criança e o outro pela mãe, ambos em perfeita harmonia simétrica simbolizando que o sucesso da amamentação advém dessa simbiose.
 
 A configuração do laço dourado diverge de todos os outros em sua estrutura, havendo um nó que entrelaça os dois lados, representando a figura paterna, bem como a família e toda a rede social de apoio, reafirmando a importância dessa relação para o sucesso da amamentação.
 
Pretende-se com a comemoração do Agosto Dourado colher mais e expressivos resultados nos índices de aleitamento materno, com introdução oportuna e adequada de alimentos saudáveis às crianças, pelo maior envolvimento não só dos profissionais e instituições que já incentivam a sua prática, mas também de outros movimentos governamentais e não governamentais.
 
Coordenação da WABA (Aliança Mundial de Ação pró-Amamentação) - Brasil

SMAM 2013


XXII Semana Mundial da Amamentação/SMAM 2013

                  Em 1° de agosto de 1990, diversas organizações internacionais e representantes de governos de 40 países (inclusive o Brasil), estiveram reunidos em Florença, na Itália, onde firmaram a “Declaração de Innocenti” sobre a promoção e apoio a amamentação. Por esta declaração, os signatários se comprometeram a promover o aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida e a continuidade da amamentação até o segundo ano de vida da criança ou mais.
                  A Semana Mundial de Aleitamento Materno vem sendo comemorada desde 1992, de 1 a 7 de Agosto. Nessa oportunidade, através de vários meios de comunicação, pessoas ligadas à área de Amamentação, em várias partes do mundo, unem-se numa grande festa, propagando o Aleitamento Materno.
                 Todos os anos, os organizadores internacionais do evento escolhem um tema:
1992: Hospitais Amigos da Criança
1993: Mulher, Trabalho e Amamentação
1994: Faça o Código Funcionar
1995: Amamentação Fortalece a Mulher
1996: Amamentação, uma Responsabilidade de Todos
1997: Amamentar é um Ato Ecológico
1998: Amamentar é um Barato... O Melhor Investimento
1999: Amamentar é Educar para a Vida
2000: Amamentar é um Direito Humano
2001: Amamentar na Era da Informação
2002: Amamentação: Mães e Bebês Saudáveis
2003: Amamentação: Promovendo a Paz em um Mundo Globalizado
2004: Amamentação Exclusiva: Satisfação, Segurança e Sorrisos
2005: Amamentação e Alimentos Complementares
2006: Amamentação: “Os 25 anos do Código Internacional”
2007: Amamentação: “A Primeira Hora Salva um Milhão de Bebês”
2008: Se o assunto é amamentar, apoio à mulher em primeiro lugar.
2009: Amamentação, a segurança alimentar nas emergências. 
2010: Hospital Amigo da Criança: 10 passos que valem uma vida.

2011: Amamentação: uma experiência em 3 D. Fale comigo!
2012: Entendendo o passado, planejando o futuro: comemorando 10 anos da estratégia global OMS/Unicef para a Alimentação Infantil e da Criança Pequena.           
Para a SMAM 2013, o tema escolhido é o Apoio à Mulher na Amamentação, com o slogan “Apoio às mães que amamentam: próximo, contínuo e oportuno”. O objetivo do tema é ressaltar a importância da rede de apoio para o sucesso da amamentação.

Semana Mundial da Amamentação –SMAM 2013


 

Círculos de Apoio à Amamentação:

OS CINCO CÍRCULOS DE APOIO à amamentação ilustram as possíveis influencias sobre a decisão de uma mãe amamentar e ter uma experiência positiva em aleitamento materno.

AS MULHERES NO CÍRCULO CENTRAL: As mulheres estão no centro do círculo, a presença ou ausência de apoio e ajuda tem impacto direto sobre elas. As mulheres têm também um papel importante tanto na obtenção quanto no fornecimento de apoio e ajuda a outras mulheres. Dentro da Iniciativa Global de Apoio à Mãe (GIMS) para a Declaração de Amamentação (2007) foi observado que “As mães são consideradas participantes ativas na dinâmica de apoio, sendo fornecedoras e receptoras de informações e de apoio”.

FAMÍLIA E REDE SOCIAL: Os maridos/companheiros/pais, familiares e amigos compõem a rede de apoio imediato e continuado a mãe. O apoio social inclui o apoio da comunidade no mercado de trabalho, em qualquer contexto religioso, no parque do bairro, etc. O apoio durante a gestação diminui o estresse da mulher. O apoio durante o parto e nascimento empodera a mãe. O apoio social aumenta a confiança da mulher em sua capacidade de amamentar além das primeiras semanas e meses. Os grupos de mães na comunidade ajudam as mulheres a trocarem experiências e a se sentirem mais confiantes.
 
 
SISTEMA DE SAÚDE: Inclui diversas formas de apoio desde cuidados no pré-natal, durante o parto, no pós-parto imediato, facilitando o vínculo mãe e bebê e a alimentação infantil ótima. Também possui profissionais de saúde capacitados em técnicas de aconselhamento para apoiar e ajudar mães antes e após o nascimento. Os grupos de gestantes e grupos de mães coordenados por profissionais capacitados em aconselhamento em amamentação influenciam positivamente no estabelecimento, manutenção, duração da amamentação e conciliação da amamentação com o retorno da mulher ao trabalho. O Programa Saúde da Família, Rede Cegonha, Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, a Iniciativa Hospital Amigo da Criança, Método Canguru e a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano fazem parte deste círculo que apoia e ajuda a mãe a iniciar a amamentação na primeira hora após o parto, a amamentar exclusivamente por seis meses e a continuar a amamentação por 2 anos ou mais com a complementação de uma alimentação saudável.

 
O EMPREGO/ O LOCAL DE TRABALHO: As mulheres trabalhadoras enfrentam desafios e precisam de apoio para conciliar trabalho e amamentação com sucesso. As oportunidades de apoio às mães variam tanto quanto as ocupações das mulheres, mas geralmente incluem o contato mãe-bebê ou a extração e estocagem do leite materno no local de trabalho. Nesse sentido, como parte do apoio, a estratégia “Mulher Trabalhadora Que Amamenta”, do Ministério da Saúde,  preconiza a licença maternidade de 180 dias, a criação de creches em empresas que empregam mais de 30 mulheres acima de 16 anos e a criação da sala de apoio à amamentação nos locais de trabalho..

 
O GOVERNO / A LEGISLAÇÃO: As mulheres que planejam amamentar ou que já estão amamentando contam com o apoio de documentos internacionais e leis nacionais que protegem a amamentação e a alimentação infantil ótima, como a que combate a comercialização agressiva de substitutos do leite materno (NBCAL e a Lei 11.265/2006), o direito à estabilidade no emprego e à licença maternidade, pausa para amamentar durante a jornada de trabalho, direito a creche, a licença paternidade, direitos da mãe estudante, direitos das mães privadas de liberdade, direito das mães adotivas, extensão da licença maternidade para seis meses e a lei do acompanhante (o direito da mulher a um acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato).

 
AS RESPOSTAS ÀS CRISES OU EMERGÊNCIA: Este círculo de apoio representa a necessidade de apoio à alimentação infantil quando uma mulher se encontra em uma situação inesperada e/ou grave, com pouco controle da situação. Situações que exigem planejamento especial e apoio são: desastres naturais como enchentes, terremotos, furacões e desabamentos, processo de divorcio, doença grave da mãe ou do bebê, mulher soropositiva para o HIV ou sem nenhum apoio a alimentação infantil. Em caso de crises e emergência o profissional capacitado em amamentação precisa ser consultado quanto à alimentação infantil ótima em cada situação. As doações de fórmulas e leites infantis devem ser desencorajadas em casos de situações de emergência – os profissionais capacitados em amamentação devem atuar na comunidade afetada no sentido de manter a amamentação, visando à sobrevivência infantil e a saúde da criança.

 
Fonte: http://www.waba.org.my/whatwedo/gims/gims+5.htm             SMAM 2013 WABA

Alimentos Orgânicos e Agroecológicos – 3ª parte

Os alimentos orgânicos não apresentam riscos maiores de intoxicação por bactérias, como a Salmonela e a Escherichia coli, pois ao contrário dos resíduos de agrotóxicos, esses patógenos que também ocorrem nos alimentos produzidos com agrotóxicos podem ser eliminados com a velha e boa lavagem ou com o simples cozimento.


 Destacamos as vantagens de consumir produtos orgânicos:

1- Evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas. Pesquisas e estudos tem demonstrado que os agrotóxicos são prejudiciais ao nosso organismo e os resíduos que permanecem nos alimentos podem provocar reações alérgicas, respiratórias, distúrbios hormonais, problemas neurológicos e até câncer.
 
2- Alimentos orgânicos são mais nutritivos. Solos ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo.
 
3- Alimentos orgânicos são mais saborosos. Sabor e aroma são mais intensos, em sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam alterá-los.
 
4- Protege futuras gerações de contaminação química. A intensa utilização de produtos químicos na produção de alimentos afeta o ar, o solo, a água, os animais e as pessoas. A agricultura orgânica exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico; e tem como base de seu trabalho a preservação dos recursos naturais.
 
5- Evita a erosão do solo. Através das técnicas orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado, compostagem, etc., o solo se mantém fértil e permanece produtivo ano após ano.
 
6- Protege a qualidade da água. Os agrotóxicos utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis d’água e poluem rios e lagos.
 
7- Restaura a biodiversidade, protegendo a vida animal e vegetal. A agricultura orgânica respeita o equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis. A vida silvestre, parte essencial do estabelecimento agrícola é preservada e áreas naturais são conservadas.
 
8- Ajuda os pequenos agricultores. Em sua maioria, a produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que tem na terra a sua única forma de sustento. Mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo orgânico prende o homem a terra e revitaliza as comunidades rurais.
 
9- Economiza energia. O cultivo orgânico dispensa os agrotóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual dos canteiros. É o procedimento contrário da agricultura convencional que se apoia no petróleo como insumo de agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a intensa mecanização que a caracteriza.
 
10- O produto orgânico é certificado. A qualidade do produto orgânico é assegurada por um Selo de Certificação, que é fornecido pelas associações de agricultura orgânica ou por órgãos certificadores independentes, que verificam e fiscalizam a produção de alimentos orgânicos desde a sua produção até a comercialização. O Selo de Certificação é a garantia do consumidor de estar adquirindo produtos mais saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico.

Fonte: Ambiente Brasil

A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida recomenda o documentário “O Veneno está na Mesa”, de Silvio Tendler, totalmente disponível no site da campanha (www.contraosagrotoxicos.org).


Alimentos Orgânicos e Agroecológicos – 2ª parte


O Que é o Produto Orgânico?

Produto orgânico é todo produto, animal ou vegetal, obtido sem a utilização de produtos químicos ou de hormônios sintéticos que favoreçam o seu crescimento de forma não natural. O solo é à base do trabalho orgânico. No caso do vegetal, o solo deixa de ser um mero suporte para a planta, tornando-se sua fonte de nutrição, livre de produtos agrotóxicos, pesticidas, adubos químicos ou sementes transgênicas. No caso dos animais, sua criação é feita sem o uso de hormônios de crescimento, anabolizantes ou outras drogas como os antibióticos.
A grande vantagem disso, além da produção de alimentos mais saudáveis e naturais, é que, com a preservação do solo, que fica mais fértil e livre de toxicidades, a produção orgânica permite um manejo sustentável do meio ambiente de forma equilibrada, facilitando a preservação e a harmonia de todos os elementos da natureza entre si e garantindo a saúde do homem.
Principais produtos orgânicos produzidos no Brasil: cana de açúcar e rapadura orgânicas; grãos como soja, cacau, arroz, café; gengibre, guaraná; frutas como manga, morango, uva, pêssego, citros, banana; tomate e legumes. Também néctares e sucos de frutas, geléias e cosméticos.
 
Proposta Agroecológica
A agroecologia consiste em uma proposta alternativa de agricultura familiar socialmente justa, economicamente viável e ecologicamente sustentável. O termo pode ser entendido de diversas formas: como ciência, como movimento e como prática. Nesse sentido, a agroecologia não existe isoladamente, mas é uma ciência integradora que agrega conhecimentos de outras ciências, além de agregar também saberes populares e tradicionais provenientes das experiências de agricultores familiares, de comunidades indígenas e camponesas.
Em sentido mais estrito, a agroecologia pode ser vista como uma abordagem da agricultura que se baseia nas dinâmicas da natureza. Dentro delas se destaca a sucessão natural, a qual permite que se restaure a fertilidade do solo sem o uso de fertilizantes minerais e que se cultive sem uso de agrotóxicos.
Segundo a pesquisadora Ivani Guterres a abordagem agroecológica propõe mudanças profundas nos sistemas e nas formas de produção. Na base dessa mudança está a filosofia de se produzir de acordo com as leis e as dinâmicas que regem os ecossistemas, uma produção com e não contra a natureza. Propõe, portanto, novas formas de apropriação dos recursos naturais que devem se materializar em estratégias e tecnologias condizentes com a Filosofia-Base.
A pesquisadora brasileira em agroecologia, Ana Maria Primavesi, reforça o laço que deve existir entre o fazer agroecológico e o saber tradicional e popular, ao afirmar que a Ecologia se refere ao sistema natural de cada local, envolvendo o solo, o clima, os seres vivos, bem como as inter-relações entre esses três componentes. Trabalhar ecologicamente significa manejar os recursos naturais respeitando a teia da vida. Sempre que os manejos agrícolas são realizados conforme as características locais do ambiente, alterando-as o mínimo possível, o potencial natural dos solos é aproveitado. Por essa razão, a Agroecologia depende muito da sabedoria de cada agricultor desenvolvida a partir de suas experiências e observações locais.
 
 

Alimentos Orgânicos e Agroecológicos – 1ª parte


Para uma alimentação complementar saudável é recomendável à utilização preferencial de alimentos sem agrotóxicos e hormônios. É oportuno esclarecer sobre o uso de agrotóxicos e da opção pelos alimentos orgânicos e agroecológicos. A nomenclatura correta é agrotóxico ou pesticida e não “defensivo agrícola”.
O nível de resíduos químicos contido nos alimentos comercializados no Brasil é muito preocupante e requer providências imediatas devido aos sérios impactos que gera na saúde da população.
Os limites ‘aceitáveis’ em nosso país em geral são superiores àqueles permitidos na Europa, isso para não dizer que aqui ainda se usam produtos já proibidos em quase todo o mundo.
Os agrotóxicos fazem muito mal à saúde e há estudos científicos importantes que demonstram esse fato. Existem dois grandes grupos de impactos sobre a saúde:
1º - Intoxicações agudas, que se manifestam logo após a exposição ao agrotóxico, de período curto, mas de concentração elevada.
2º - Intoxicações crônicas, com manifestação em longo prazo e efeitos ampliados.

Neste grande grupo de impacto destacam-se:
- Interferentes endócrinos, alguns agrotóxicos se comportam de modo semelhante aos hormônios femininos ou masculinos dentro do nosso corpo, desencadeando uma série de alterações, inclusive má formação congênita e aborto.
- Ação carcinogênica, desencadeando leucemias, linfomas e câncer de tireóide e mama.
- Alterações hepáticas, a maioria dos agrotóxicos é metabolizada no fígado.
- Alterações renais e neurocomportamentais.

 O relatório final da subcomissão da Câmara dos Deputados aponta situações reais observadas em cidades brasileiras. Por exemplo, a cidade de Unaí (MG) com alta concentração do agronegócio, há ocorrências de 1.260 novos casos da doença por ano para cada 100 mil habitantes, quando a incidência média mundial encontra-se em 600 casos por 100 mil habitantes no mesmo período.
A única maneira de ficar livre dos agrotóxicos é consumir alimentos orgânicos e agroecológicos. Os resíduos do veneno continuarão presentes e serão ingeridos durante as refeições, mesmo lavando os alimentos contaminados com água e sabão ou mergulhá-los em solução de água sanitária ou, ainda, cozinhá-los. Além disso, é importante lembrar que o uso exagerado de agrotóxicos também faz com que estes resíduos estejam presentes nos alimentos já industrializados, portanto, a melhor forma de não consumir alimentos com pesticidas, é eliminar a sua utilização.

Dicas importantes para reduzir a quantidade de agrotóxicos na superfície dos alimentos:

1-       Resfrie primeiramente as frutas e verduras na geladeira e só lave-as posteriormente.
2-       Deixe os alimentos de molho em água com bicarbonato de sódio por 40 minutos (1 colher de sopa para cada litro).
3-        A cidade de Bauru já possui uma FEIRA AGROECOLÓGICA que é realizada todas as quintas-feiras, das 16h às 20h na quadra 01 da Rua Fuás de Matos Sabino (próximo Av. Getúlio Vargas – atrás do posto Himalaia)
4-  Alimentos campeões por contaminação de agrotóxicos:
 - Produtos fora de clima: tomate, batatinha, morango, uva Itália e maçã.
 - Produtos fora de época: TODOS!

 Referências Bibliográficas: www.contraosagrotoxicos.org,

Alimentação da criança - DESMAME


Alimentação da criança

Anexo IV: Desmame.

O homem é o único mamífero em que o desmame (definido como cessação do aleitamento materno), não é determinado somente por fatores genéticos e pelo instinto. Hoje, ao contrário do que ocorreu ao longo da evolução da espécie humana, a mulher opta (ou não) pela amamentação e decide por quanto tempo ela vai (ou pode) amamentar.
O desmame não é um evento, e sim um processo que faz parte da evolução da mulher como mãe e do desenvolvimento da criança, e deve ocorrer naturalmente, na medida em que a criança vai adquirindo competências para tal.
No desmame natural a criança se autodesmama, o que pode ocorrer em diferentes idades, em média entre dois e quatro anos e raramente antes de um ano. Costuma ser gradual, mas às vezes pode ser súbito, como, por exemplo, em uma nova gravidez da mãe (a criança pode estranhar o gosto do leite, que se altera, e o volume, que diminui).
A mãe participa ativamente no processo, sugerindo passos quando a criança estiver pronta para aceitá-los e impondo limites adequados à idade. Os sinais indicativos de que a criança está madura para o desmame são:

ü  Idade maior de um ano;

ü  Menos interesse nas mamadas;

ü  Aceita variedade de outros alimentos;

ü  É segura na sua relação com a mãe;

ü  Aceita outras formas de consolo;

ü  Aceita não ser amamentadas em certas ocasiões e locais;

ü  Às vezes dorme sem mamar no peito;

ü  Mostra pouca ansiedade quando encorajada a não amamentar;

ü  Às vezes prefere brincar ou fazer outra atividade com a mãe em vez de mamar.

O desmame natural proporciona uma transição mais tranqüila, menos estressante para a mãe e para a criança (fisiológica, imunológica e psicológica), até ela estar madura para tal e, teoricamente, fortalece a relação mãe-filho.
O desmame abrupto deve ser desencorajado, pois se a criança não está pronta, ela pode se sentir rejeitado pela mãe, gerando insegurança e, muitas vezes rebeldia. Na mãe, o desmame abrupto pode precipitar ingurgitamento mamário, estase do leite e mastite, além de tristeza e depressão.
Quando o profissional de saúde se depara com a situação de a mulher querer ou tiver que desmamar antes de a criança estar pronta, é importante, em primeiro lugar, que ele respeite o desejo da mãe e apóie esse processo. Entre os fatores que facilitam o processo de desmame, encontram-se os seguintes:

·         Mãe estar segura de que quer (ou deve) desmamar;

·         Entendimento da mãe de que o processo pode ser lento e demandar energia, tanto maior quanto menos pronta estiver a criança;

·         Flexibilidade, pois o curso do processo é imprevisível;

·         Paciência (dar tempo à criança) e compreensão;

·         Suporte e atenção adicionais à criança, devendo a mãe evitar se afastar nesse período;

·         Ausência de outras mudanças, ocorrendo por exemplo, controle dos esfincters, separações, mudanças de residências, entre outras;

·         Sempre que possível, fazer o desmame gradual, retirando uma mamada do dia a cada uma a duas semanas.

Concluindo, cabe a cada dupla mãe/bebê e sua família a decisão de manter a amamentação, até que a criança abandone espontaneamente, ou interrompê-la em um determinado momento. Muitos são os fatores envolvidos nessa decisão: circunstanciais, sociais, econômicos e culturais. Cabe ao profissional de saúde ouvir a mãe e ajudá-la a tomar uma decisão, pesando os prós e os contras.
 
Referência Bibliografica:
Saúde da Criança-Nutrição Infantil: Aleitamento Materno e Alimentação Complementar/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – Brasília, 2009.