sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Apoio paterno ao Aleitamento Materno


A mulher no ciclo gravídico puerperal necessita de apoio social, profissional e familiar, sendo este imprescindível para o sucesso do aleitamento materno.
            O pai como principal suporte dessa rede de apoio, exerce uma forte influência na decisão da mulher em amamentar e na sua continuidade.
            O homem tem atuado cada vez mais em seu papel de pai, acompanha sua companheira aos serviços de saúde e busca conhecimento a fim de apoiá-la da melhor forma. Em contrapartida, os profissionais de saúde não têm se capacitado para recebê-los na mesma proporção. Durante a graduação, os temas abordados relativos ao aleitamento ainda são, primordialmente, sobre técnica, manejo da amamentação e composição do leite materno, marginalizando os aspectos psicológicos e a inclusão paterna.
            Apesar de todas as mudanças em busca da inclusão do homem, este ainda encontra dificuldades para compreender as transformações que ocorrem com as mulheres no decorrer de suas vidas, verdade esta observada e confirmada no cotidiano da assistência.
            Quanto à ajuda familiar, destacam-se como entes mais próximos: a mãe da puérpera e o pai do recém-nascido. O apoio paterno é um importante aliado do aleitamento. O homem, enquanto pai e companheiro devem participar da saúde integral da mulher e da criança.


Referência Bibliografica:
Apoio paterno ao aleitamento materno: uma revisão integrativa. Revista Paulista Pediatria, 2012, 30(1):122-30.

Alimentação da criança - Anexo IV: Situações de risco de introdução do leite de vaca.


·       É comum observarmos mães inseguras quanto à sua capacidade de fazer uma criança ganhar peso e crescer só com seu leite, queixando-se que tem pouco leite, mesmo em situações em que o bebê está apresentando ganho de peso diário bom e curva ascendente.
·         Muitas vezes, a mãe oferece outro leite à noite para a criança dormir mais tempo. Nesse caso os profissionais podem orientar a mãe a oferecer o peito por volta das 23 horas, deixando à criança sugar até esvaziar a mama, garantindo a obtenção do leite mais rico em gordura que sai no final da mamada. Assim, o bebê vai ter mais saciedade e dormir por maior tempo no período.
·         Outro problema que ocorre com freqüência é a troca da noite pelo dia, fazendo com que a mãe tenha que acordar várias vezes durante a noite para amamentar, o que torna essa prática cansativa e estressante. O profissional pode auxiliar a mãe com orientações que façam com que durante o dia o bebê possa ficar mais atento às movimentações da casa, deixando-o por algumas horas em cômodos da casa mais claros e menos silenciosos.

Conduta:
·         Conversar com a mãe explicando-lhe sobre o ganho de peso adequado do bebê, as vantagens do aleitamento natural e os riscos e desvantagens do aleitamento artificial.
·         Procurar tranqüilizar a mãe informando-a que se o bebê está ganhando peso de modo adequado, a sua produção está sendo suficiente e conversar sobre as reais necessidades do bebê por alimentos. As mães geralmente têm uma expectativa maior do que a real sobre a quantidade de alimentos de que o bebê necessita.
·         Explicar à mãe que o leite artificial pode aumentar os riscos de doenças e alergia.
·         Caso a mãe esteja oferecendo o leite de vaca, orientar a suspensão da mamadeira e aumentar a freqüência das mamadas, retornar para avaliação dentro de uma semana ou antes, se a mãe achar necessário.

Referência Bibliografica:
Saúde da Criança-Nutrição Infantil: Aleitamento Materno e Alimentação Complementar/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – Brasília, 2009.