sexta-feira, 1 de junho de 2012

Sala de apoio à amamentação

O que é?

As salas de apoio à amamentação são espaços dentro da empresa em que a mulher, com conforto, privacidade e segurança, pode esvaziar as mamas, armazenando seu leite em frascos previamente esterilizados para, em outro momento, oferecê-lo ao seu filho. Esse leite é mantido em um freezer a uma temperatura controlada até o fim do dia, com uma etiqueta identificando o nome da mãe, a data e a hora da coleta. No fim do expediente, a mulher pode levar seu leite para casa para que seja oferecido ao seu filho na sua ausência, e também se desejar doá-lo para um Banco de Leite Humano.

Benefícios: O incentivo ao aleitamento materno através da sala de apoio à amamentação traz benefícios que vão além dos previamente citados aqui para mãe e o bebê, estendendo-se também a empresa, uma vez que com essa iniciativa, estas tendem a ter menos problemas com a ausência de funcionárias para tratar de problemas de saúde dos filhos. Sendo assim, funcionários e sociedade passam a ter uma imagem mais positiva da instituição que ganha em reputação.

Regulamentação: Em 2010, o Ministério da Saúde junto a ANVISA regulamentaram a implementação das salas de apoio à amamentação nas empresas por meio da Nota Técnica Conjunta nº 01/2010, disponível em (http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sala_apoio_amamentacao_empresas.pdf). A sala não exige uma estrutura complexa. Por isso, sua implementação e manutenção são de baixo custo.

            A Sala de apoio à amamentação é uma iniciativa complementar ao desenvolvimento de creches nas empresas. Junto a outras ações como os dois descansos especiais durante a jornada de trabalho incentivam e facilitam a manutenção do aleitamento materno no momento em que as mães retornam ao trabalho, após o término da licença maternidade. Atualmente a licença maternidade é de no mínimo quatro meses ou 120 dias corridos e de no máximo seis meses ou 180 dias. As mulheres que trabalham para empresas privadas podem ou não ter o benefício ampliado para seis meses, dependendo da decisão da própria companhia, que recebe um incentivo fiscal para estender a licença, mas não é obrigada a fazê-lo. Já as funcionárias públicas federais têm direito ao afastamento de seis meses, assim como servidoras da maioria dos Estados do país e de inúmeros municípios.
“Amamentar, um ato de amor”.

Referência Bibliografica: Portal da Saúde. Disponível em:

Alimentação da criança - continuação Anexo II - 3ª parte


Anexo II – 3ª parte: Volta ao Trabalho - continuação.


O trabalho materno fora do lar pode ser um importante4 obstáculo à amamentação,  em especial a exclusiva. A manutenção da amamentação nesse caso depende do tipo de ocupação da mãe, do número de horas no trabalho, das leis e de relações trabalhistas, do suporte ao aleitamento materno na família, na comunidade e no ambiente de trabalho e, em especial, das orientações dos profissionais de saúde para a manutenção do aleitamento materno em situações que exigem a separação física entre mãe e bebê.
Para as mães manterem a lactação após retornarem ao trabalho, é importante que o profissional de saúde estimule os familiares, em especial o companheiro, quando presente, a dividir as tarefas domésticas com a nutriz e oriente a mãe trabalhadora quanto a algumas medidas que facilitam a manutenção do aleitamento materno, listadas a seguir:

Antes do retorno ao trabalho:
·         Manter o aleitamento materno exclusivo;
·         Conhecer as facilidades para a retirada e armazenamento do leite no local de trabalho (privacidade, geladeira, horários);
·         Praticar a ordenha do leite (de preferência manualmente) e congelar o leite para usar no futuro. Iniciar o estoque de leite 15 dias antes do retorno ao trabalho.

Após o retorno ao trabalho:
·         Durante as horas de trabalho, esvaziar as mamas por meio de ordenha e guardar o leite em geladeira.
·         Antes de oferecê-lo à criança, ele deve ser agitado suavemente para homogeneizar a gordura.
·         Realizar ordenha, de preferência manual, da seguinte maneira:
Ø  Cobrir os cabelos e proteger nariz e boca;
Ø  Lavar cuidadosamente as mãos e antebraços. Não há necessidade de lavar os seios freqüentemente;
Ø  Secar as mãos e antebraços com toalha limpa ou de papel;
Ø  Posicionar o recipiente onde será coletado o leite materno (copo, xícara, caneca ou vidro de boca larga) próximo ao seio;
Ø  Massagear delicadamente a mama como um todo com movimentos circulares da base em direção à aréola;
Ø  Procurar estar relaxada, sentada ou em pé, em posição confortável. Pensar no bebê pode auxiliar na ejeção do leite;
Ø  Curvar o tórax sobre o abdômen, para facilitar a saída do leite e aumentar o fluxo;
Ø  Com os dedos da mão em forma de “C”, colocar o polegar na aréola ACIMA do mamilo e o dedo indicador ABAIXO do mamilo na transição aréola-mama, em oposição ao polegar, sustentando o seio com os outros dedos;
Ø  Usar preferencialmente a mão esquerda para a mama esquerda e a mão direita para a mama direita, ou usar as duas mãos simultaneamente (uma em cada mama ou as duas juntas na mesma mama – técnica bimanual);
Ø  Pressionar suavemente o polegar e o dedo indicador, um em direção ao outro, e levemente para dentro em direção à parede torácica. Evitar pressionar demais, pois pode bloquear os ductos lactíferos.
Ø  Pressionar e soltar, pressionar e soltar. A manobra não deve doer se a técnica estiver correta. A princípio o leite pode não fluir, mas depois de pressionar algumas vezes o leite começará a pingar. Poderá fluir em jatos se o reflexo de ocitocina for ativo;
Ø  Desprezar os primeiros jatos, assim, melhora a qualidade do leite pela redução dos contaminantes microbianos;
Ø  Mudar a posição dos dedos ao redor da aréola para esvaziar todas as áreas;
Ø  Alternar a mama quando o fluxo de leite diminuir, repetindo a massagem e o ciclo várias vezes. Lembrar que ordenhar leite de peito adequadamente leva mais ou menos 20 a 30 minutos, em cada mama, especialmente nos primeiros dias, quando apenas uma pequena quantidade de leite pode ser produzida;


Referência Bibliografica:
Saúde da Criança-Nutrição Infantil: Aleitamento Materno e Alimentação Complementar/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – Brasília 2009.