sexta-feira, 1 de junho de 2012

Alimentação da criança - continuação Anexo II - 3ª parte


Anexo II – 3ª parte: Volta ao Trabalho - continuação.


O trabalho materno fora do lar pode ser um importante4 obstáculo à amamentação,  em especial a exclusiva. A manutenção da amamentação nesse caso depende do tipo de ocupação da mãe, do número de horas no trabalho, das leis e de relações trabalhistas, do suporte ao aleitamento materno na família, na comunidade e no ambiente de trabalho e, em especial, das orientações dos profissionais de saúde para a manutenção do aleitamento materno em situações que exigem a separação física entre mãe e bebê.
Para as mães manterem a lactação após retornarem ao trabalho, é importante que o profissional de saúde estimule os familiares, em especial o companheiro, quando presente, a dividir as tarefas domésticas com a nutriz e oriente a mãe trabalhadora quanto a algumas medidas que facilitam a manutenção do aleitamento materno, listadas a seguir:

Antes do retorno ao trabalho:
·         Manter o aleitamento materno exclusivo;
·         Conhecer as facilidades para a retirada e armazenamento do leite no local de trabalho (privacidade, geladeira, horários);
·         Praticar a ordenha do leite (de preferência manualmente) e congelar o leite para usar no futuro. Iniciar o estoque de leite 15 dias antes do retorno ao trabalho.

Após o retorno ao trabalho:
·         Durante as horas de trabalho, esvaziar as mamas por meio de ordenha e guardar o leite em geladeira.
·         Antes de oferecê-lo à criança, ele deve ser agitado suavemente para homogeneizar a gordura.
·         Realizar ordenha, de preferência manual, da seguinte maneira:
Ø  Cobrir os cabelos e proteger nariz e boca;
Ø  Lavar cuidadosamente as mãos e antebraços. Não há necessidade de lavar os seios freqüentemente;
Ø  Secar as mãos e antebraços com toalha limpa ou de papel;
Ø  Posicionar o recipiente onde será coletado o leite materno (copo, xícara, caneca ou vidro de boca larga) próximo ao seio;
Ø  Massagear delicadamente a mama como um todo com movimentos circulares da base em direção à aréola;
Ø  Procurar estar relaxada, sentada ou em pé, em posição confortável. Pensar no bebê pode auxiliar na ejeção do leite;
Ø  Curvar o tórax sobre o abdômen, para facilitar a saída do leite e aumentar o fluxo;
Ø  Com os dedos da mão em forma de “C”, colocar o polegar na aréola ACIMA do mamilo e o dedo indicador ABAIXO do mamilo na transição aréola-mama, em oposição ao polegar, sustentando o seio com os outros dedos;
Ø  Usar preferencialmente a mão esquerda para a mama esquerda e a mão direita para a mama direita, ou usar as duas mãos simultaneamente (uma em cada mama ou as duas juntas na mesma mama – técnica bimanual);
Ø  Pressionar suavemente o polegar e o dedo indicador, um em direção ao outro, e levemente para dentro em direção à parede torácica. Evitar pressionar demais, pois pode bloquear os ductos lactíferos.
Ø  Pressionar e soltar, pressionar e soltar. A manobra não deve doer se a técnica estiver correta. A princípio o leite pode não fluir, mas depois de pressionar algumas vezes o leite começará a pingar. Poderá fluir em jatos se o reflexo de ocitocina for ativo;
Ø  Desprezar os primeiros jatos, assim, melhora a qualidade do leite pela redução dos contaminantes microbianos;
Ø  Mudar a posição dos dedos ao redor da aréola para esvaziar todas as áreas;
Ø  Alternar a mama quando o fluxo de leite diminuir, repetindo a massagem e o ciclo várias vezes. Lembrar que ordenhar leite de peito adequadamente leva mais ou menos 20 a 30 minutos, em cada mama, especialmente nos primeiros dias, quando apenas uma pequena quantidade de leite pode ser produzida;


Referência Bibliografica:
Saúde da Criança-Nutrição Infantil: Aleitamento Materno e Alimentação Complementar/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – Brasília 2009.

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