segunda-feira, 5 de março de 2012

Anexo I – 1ª parte: Orientações para crianças totalmente não amamentadas no primeiro ano de vida.


  • As orientações transmitidas pelo “Colostro”, nesta série sobre Alimentação Infantil, não recomenda nem induz o uso de leite de vaca e/ou artificial e sim valoriza o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e complementado até os dois anos ou mais.
  • No entanto, sabe-se que há condições em que as crianças não estão mais sendo amamentadas ao peito e não há possibilidade de reverter essa situação. Assim, as orientações a seguir permitirão aos profissionais de saúde atuar de maneira mais adequada frente a tais casos e de forma individualizada. Essas devem ser adotados apenas excepcionalmente, quando esgotadas todas as possibilidades de relactação da mãe e analisados caso a caso.
  • É importante reforçar que o leite de vaca integral fluido ou em pó não é recomendado para criança menor de um ano. Diante da impossibilidade de impedir a utilização desse alimento para o lactente o profissional de saúde deve orientar a mãe sobre a diluição adequada para a idade, a correção da deficiência de linoléico com óleo nos primeiros quatro meses e a suplementação com vitamina C e ferro.
  • A amamentação deve ser protegida. Por isso, a orientação sobre preparo de leites artificiais nunca deve ser coletiva. Nos casos em que há necessidade de orientar sobre o preparo de leites artificiais (por exemplo, mães HIV positivo) esta orientação deve ser feita de maneira individualizada e por profissional qualificado.

Para crianças menores de 4 meses:
  • Perguntar à mãe ou responsável como ela prepara o leite que oferece à criança e corrigir, se for o caso, a diluição (que pode estar muito diluída ou concentrada), o volume de cada refeição e o número de refeições que estão sendo oferecidos.
  • Identificar as práticas de higiene usadas na manipulação e no preparo dos alimentos complementares, orientando adequadamente as mães e cuidadores, quando necessário.
  • Orientar a mãe para preparar cada refeição láctea próxima à hora de oferecê-la à criança, sobretudo se não possui refrigerador. E nunca oferecer à criança restos de leite da refeição anterior.

Para crianças a partir dos 4 meses:
  • A orientação básica é iniciar logo a alimentação (não esperar que a criança entre no sexto mês) e ir substituindo a refeição láctea pura pela alimentação, de modo gradativo. Todas as demais orientações dadas para as crianças menores de 4 meses também se aplicam a esse grupo de idade.

Referência Bibliografica:
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para menores de dois anos. Um guia para o profissional da saúde na atenção básica/MS, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2 ed-Brasília 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário