Círculos de Apoio à Amamentação:
OS CINCO CÍRCULOS DE APOIO
à amamentação ilustram as possíveis influencias sobre a decisão de uma
mãe amamentar e ter uma experiência positiva em aleitamento materno.
AS MULHERES NO CÍRCULO CENTRAL: As mulheres
estão no centro do círculo, a presença ou ausência de apoio e ajuda tem impacto
direto sobre elas. As mulheres têm também um papel importante tanto na obtenção
quanto no fornecimento de apoio e ajuda a outras mulheres. Dentro da Iniciativa
Global de Apoio à Mãe (GIMS) para a Declaração de Amamentação (2007) foi
observado que “As mães são consideradas participantes ativas na dinâmica de
apoio, sendo fornecedoras e receptoras de informações e de apoio”.
FAMÍLIA E REDE SOCIAL: Os
maridos/companheiros/pais, familiares e amigos compõem a rede de apoio imediato
e continuado a mãe. O apoio social inclui o apoio da comunidade no mercado de
trabalho, em qualquer contexto religioso, no parque do bairro, etc. O apoio
durante a gestação diminui o estresse da mulher. O apoio durante o parto e
nascimento empodera a mãe. O apoio social aumenta a confiança da mulher em sua
capacidade de amamentar além das primeiras semanas e meses. Os grupos de mães
na comunidade ajudam as mulheres a trocarem experiências e a se sentirem mais
confiantes.
SISTEMA DE SAÚDE: Inclui
diversas formas de apoio desde cuidados no pré-natal, durante o parto, no
pós-parto imediato, facilitando o vínculo mãe e bebê e a alimentação infantil
ótima. Também possui profissionais de saúde capacitados em técnicas de
aconselhamento para apoiar e ajudar mães antes e após o nascimento. Os grupos
de gestantes e grupos de mães coordenados por profissionais capacitados em
aconselhamento em amamentação influenciam positivamente no estabelecimento,
manutenção, duração da amamentação e conciliação da amamentação com o retorno
da mulher ao trabalho. O Programa Saúde da Família, Rede Cegonha, Estratégia
Amamenta e Alimenta Brasil, a Iniciativa Hospital Amigo da Criança, Método
Canguru e a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano fazem parte deste círculo
que apoia e ajuda a mãe a iniciar a amamentação na primeira hora após o parto,
a amamentar exclusivamente por seis meses e a continuar a amamentação por 2
anos ou mais com a complementação de uma alimentação saudável.
O EMPREGO/ O
LOCAL DE TRABALHO: As mulheres trabalhadoras
enfrentam desafios e precisam de apoio para conciliar trabalho e amamentação
com sucesso. As oportunidades de apoio às mães variam tanto quanto as ocupações
das mulheres, mas geralmente incluem o contato mãe-bebê ou a extração e
estocagem do leite materno no local de trabalho. Nesse sentido, como parte do
apoio, a estratégia “Mulher Trabalhadora Que Amamenta”, do Ministério da
Saúde, preconiza a licença maternidade
de 180 dias, a criação de creches em empresas que empregam mais de 30 mulheres
acima de 16 anos e a criação da sala de apoio à amamentação nos locais de
trabalho..
O GOVERNO / A LEGISLAÇÃO: As mulheres
que planejam amamentar ou que já estão amamentando contam com o apoio de
documentos internacionais e leis nacionais que protegem a amamentação e a
alimentação infantil ótima, como a que combate a comercialização agressiva de
substitutos do leite materno (NBCAL e a Lei 11.265/2006), o direito à
estabilidade no emprego e à licença maternidade, pausa para amamentar durante a
jornada de trabalho, direito a creche, a licença paternidade, direitos da mãe
estudante, direitos das mães privadas de liberdade, direito das mães adotivas,
extensão da licença maternidade para seis meses e a lei do acompanhante (o
direito da mulher a um acompanhante durante todo o período de trabalho de
parto, parto e pós-parto imediato).
AS RESPOSTAS ÀS CRISES OU EMERGÊNCIA: Este círculo
de apoio representa a necessidade de apoio à alimentação infantil quando uma
mulher se encontra em uma situação inesperada e/ou grave, com pouco controle da
situação. Situações que exigem planejamento especial e apoio são: desastres
naturais como enchentes, terremotos, furacões e desabamentos, processo de divorcio,
doença grave da mãe ou do bebê, mulher soropositiva para o HIV ou sem nenhum
apoio a alimentação infantil. Em caso de crises e emergência o profissional
capacitado em amamentação precisa ser consultado quanto à alimentação infantil
ótima em cada situação. As doações de fórmulas e leites infantis devem ser
desencorajadas em casos de situações de emergência – os profissionais
capacitados em amamentação devem atuar na comunidade afetada no sentido de
manter a amamentação, visando à sobrevivência infantil e a saúde da criança.
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