quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Por detrás do choro do bebê

É comum associar ao choro do bebê apenas as causas físicas (dor, fome, frio, calor ou desconforto por fralda molhada / suja), mas é preciso lembrar que esta é uma das formas de comunicação do bebê. E nem sempre o desconforto tem causa física. O que pode contribuir bastante para elevar a ansiedade dos pais, é quando não encontram a possível causa física e desesperam-se! Piora quando se julgam então, pais maus porque o bebê chora e chora... Sentindo-se incompetente ou impotente, a mãe ficará nervosa, ansiosa, triste e o resultado será mesmo um bebê nervoso...
Bebê chorou; muita calma nesta hora: solte o ar devagarzinho pela boca, respire fundo e procure ouvir com atenção que tipo de choro é. Alto, agudo, persistente? Um choro que ao pegar o bebê, ele se acalma por alguns segundos ou poucos minutos (vai depender da personalidade dele também) e faz sons baixos, de quem quer mamar? Prestando atenção e mantendo a tranqüilidade a mãe conhecerá melhor seu filho e terá mais condições de acalentá-lo. Lembre-se: apenas o bebê pode se desesperar; pai, mãe ou quem cuida precisa manter a calma, falar em tom baixo, tranqüilo e confortá-lo.
Um bebê, especialmente os menores de três meses, está se adaptando à vida fora da barriga de sua mãe. E sabemos que tudo que é novo, pode assustar e gerar ansiedade. Com o bebê não é diferente. O referencial dele é a pessoa que está sempre à disposição para atendê-lo. Nesta fase, em que ainda não caminha, nem mesmo engatinha, ele sente muita necessidade de aconchego, de estar próximo ao colo de seus pais ou de sua cuidadora. Mas, na nossa cultura, temos a crença de que ´dar colo` acostuma mal o bebê...
Quando o neném está no colo, aconchegado, na verdade sente-se seguro. A mãe que o acolhe em seu colo, tem também condições de aprender mais sobre seu bebê, de aprender como ele se comunica através dos sons que faz, das expressões de seu rosto, dos movimentos de seu corpo.

Referências:
Bibliografia: “Becoming Attached” – Mary Ainsworth e John Bowbly;
“Da Pediatria à Psicanálise” Donald Winnicott

Acalentando seu bebê

Muitos povos têm o costume de carregar seus bebês a maior parte do tempo. Hoje, muitas mulheres usam, por exemplo, o sling, que é um carregador de bebês de 0 a 2 anos ou mais. É uma faixa larga e comprida de tecido ajustada com duas argolas que forma uma espécie de rede onde ficará o bebê. Próximo ao corpo da mãe, ele poderá mamar, dormir e passear. Os relatos são de que estes bebês são mais tranqüilos, dormem melhor, mamam por mais de um ano e adoecem menos.

                  Outra forma de acalmar o bebê é usar um balde, ao invés da banheira, para banhá-lo ou apenas refresca-lo. Usa-se água abaixo da metade do balde, o suficiente apenas para que ao colocar o bebê, sua cabeça fique fora da água. É muito importante prestar bastante atenção para que seu rosto fique acima do nível da água, apoiado pelas mãos de quem o segura. Ele deve ser colocado devagar para não se assustar. Percebe-se então, que o bebê vai se acalmando e alguns chegam a dormir. Este “banho” reproduz a sensação do ambiente uterino, o que faz o bebê relaxar.

                  Outro recurso para acalmar os bebês e ajuda-los a se desenvolver com saúde, é uma massagem chamada Shantala. A Shantala é uma série de movimentos feitos no corpo do bebê, com suavidade, firmeza e ritmo. É recomendada para bebês acima de um mês de vida. É um encontro entre mãe-bebê, fortalecendo o vínculo entre eles e deixando o bebê mais feliz. Leboyer, médico que conheceu e trouxe da Índia para o ocidente esta técnica de massagem, dizia:
“Sim, os bebês tem necessidade de leite, mas muito mais de serem amados e receberem carinho. Serem levados, embalados, acariciados, pegos e massageados.”

                  Cientistas como Ainsworth, declaram que “o calor humano, a sensibilidade e o carinho não geram dependência, e sim, liberam e proporcionam autonomia à criança”. Condições necessárias para que sentindo-se confiante, a criança siga em frente em sua descoberta do mundo, da vida!

Referências:
“Becominy Attached” – Mary Ainsworth e John Bowbby
 “A Arte e a Prática da Massagem em Bebês – Peter Walker
 “Da Pediatria à Psicanálise” – Donald Winnicolt

O bebê não chora só porque tem fome

Outras situações que podem provocar desconforto nos bebês.

v     Intolerância a lactose: Dificuldade do organismo em digerir e absorver o açúcar do leite (lactose): O mecanismo não envolve reação alérgica. Os sinais e sintomas mais comuns são: diarréia, cólicas, distensão abdominal, náuseas que podem ocorrer em minutos ou horas após a ingestão de leite. A maioria das pessoas continua com intolerância a lactose por toda a vida, exceto se provocada por diarréia prolongada, que pode melhorar a intolerância, após a recuperação do quadro diarréico.

v     Alergia a proteína do leite de vaca (APLV): É uma das mais freqüentes causas de alergia alimentar (reações adversas a alimentos imunologicamente mediados). O mecanismo de ação envolve reação alérgica as proteínas presentes no leite de vaca. A maioria dos portadores (80 a 90%) adquire tolerância a partir do 2º ou 3º ano de vida. Considerar o diagnóstico de APLV no lactante de famílias atópicas (especialmente os que têm outras manifestações alérgicas), que apresenta choro acentuado após as mamadas, inclusive os que recebem aleitamento materno de nutriz que ingere leite de vaca.

As manifestações podem ser:
1)      Mediadas por IGE (imunidade humoral-manifestações imediatas) Ocorrem até duas horas após a ingestão do leite de vaca: anafilaxia, síndrome da alergia oral, urticária, angioedema, náuseas, vômitos, diarréia, dores abdominais, bronco espasmo.
2)      Não mediadas por IGE (imunidade celular – manifestações tardias) Ocorrem após duas horas da ingestão do leite de vaca:
·        Predomínio para trato digestivo: refluxo esofágico, proctocolite alérgica, enteropatia alérgica, enterocolite, constipação intestinal crônica.
·        Cólicas exacerbadas do lactante associada à recusa alimentar e desaceleração ponderal não responsiva as ações habituais.
·        Eventuais associações com sintomas extras digestivo: rinoconjuntivite, tosse crônica, estridor laríngeo, asma.
·        Cutâneos: urticária, dermatite atopica.
3)      Associação das duas manifestações acima.

Referências:
Bibliografia:          ESPGHAN e ESPACI, Vieira MC, TOPOROVSKI = JPEN 2005 janeiro; Pediatrics 2006.

O choro do bebê

1ª Parte: O bebê não chora só porque tem fome:

O choro é uma ferramenta normal e fisiológica de comunicação, usada pelo bebê nos primeiros meses de vida. As causas são varias, desde: fome, sono, calor, frio, barulho, fralda suja ou molhada, cólicas, refluxo gastresofágico, obstipação intestinal, fissura anal.

v     Cólica do lactente: Envolve fatores orgânicos e comportamentais e ocorre em cerca de 1/3 dos bebês; é um diagnóstico clínico, frequentemente de exclusão, em lactentes saudáveis, sem causa detectável. A dor abdominal é aguda, espasmódica, com choro súbito, inexplicável, inconsolável, forte, estridente, “em crescendo”. O lactente estica-se, fica vermelho, com as mãos crispadas, coxas fletidas sobre o abdome e com a eliminação de gases há alivio temporário. O choro pode prolongar-se por horas, com breves pausas. Ocorre num horário predeterminado, geralmente final da tarde e inicio da noite; surge na segunda semana de vida, intensificando entre a quata e sexta semana e regredindo a seguir, cessando geralmente após o terceiro ou quarto mês.

v     Doença do refluxo gastresofágico (refluxo patológico): Ocorre na presença ou não de regurgitações (retorno do leite integro, sem atingir o estômago) e ou Vômitos (retorno do leite coalhado pelo suco gástrico) em criança irritada, chorona, com sono agitado (acorda chorando com olhos bem abertos e movimentos das mãos) e a alimentação é motivo de inquietação (alonga o tronco, movimenta a cabeça para os lados, expõe a língua, e faz movimentos mastigatórios).

v     Obstipação intestinal: Eliminação com desconforto, de fezes ressecadas, mesmo que diárias.

v     Fissura anal: Desconforto após eliminar gases ou evacuar com esforço mesmo com fezes pastosas.

Referências:
Bibliografia:      J. Pediatr. Vol. 79 nº 2. Porto Alegre. Março/Abril 2003.
                        Pediatria Moderna Vol XIII. Janeiro/Fevereiro 2006.

Cuidados com as Mamas

Para não retirar a proteção natural da pele da aréola, não passe cremes, sabonetes ou loções e evite esfregar ou massagear os mamilos;
            Passar o próprio leite antes e depois das mamadas, limpa e protege as aréolas e mamilos;
            Ensinar o bebê a abrir bem a boca na hora de abocanhar e amamentar é o mais importante para prevenir e evitar as rachaduras;
A aréola (parte redonda e mais escura da mama, em volta do bico) e o mamilo (bico), devem estar flexíveis e macios;
            Se não estiverem, é só retirar o leite que está em excesso nesta região, fazendo massagem suave (movimento circular), com a polpa dos dedos. Depois coloque o polegar e o indicador, na linha que divide a aréola do restante da mama e aperte suavemente um dedo contra o outro. O leite inicialmente sai em gotas e logo após em pequenos jatos.
Para evitar o ingurgitamento (empedramento), toda vez que a mama estiver muito cheia ou pesada, ou se não foi completamente esvaziada durante a mamada, deve ser ordenhada;
            O esvaziamento incompleto das mamas ativa o fator inibidor (presente no leite humano) desestimulando a produção de leite;
            O uso de soutien é recomendado para dar sustentação as mamas e conforto. Ele deve ser firme e manter as mamas elevadas, mas não usá-lo muito justo e apertado, para evitar o estrangulamento de ductos;
            Tomar sol nas aréolas e nos mamilos, antes das 9 horas e ou após às 16 horas, aumenta a resistência da pele;

Referências:
Bibliografia:      Aleitamento Materno: Manual Prático. Castro, Lílian Mara Consolin Poli de e Araújo, Lílian Dalete Soares de. 2ª edição. Londrina: MAS, 2006. 210 páginas. Capítulo VII.

Manejo da Lactação

Estímulo e Manutenção da Produção Láctea

           
            Quando o bebê começa a mamar, assim que nasce, ainda na sala de parto, a descida e a produção do leite são mais rápidas.
            Quanto mais o bebê mama, mais leite se produz. A produção do leite acontece quando o bebê suga.
            Para manter boa produção de leite, é importante:
- Oferecer o peito cada vez que a mãe ou o bebê quiserem, sem restrição na duração ou freqüência das mamadas (Amamentação à Demanda)
- Amamentar durante a noite, nos primeiros meses
- Repouso, alimentação saudável e uma boa ingestão de líquidos

           É preciso deixar o bebê mamar até esvaziar pelo menos uma das mamas em cada mamada. Iniciar a próxima mamada pela mama que ele não mamou ou que mamou menos.
            Para o bebê mamar mais, não dê a ele chás, água, sucos ou outro tipo de leite nos primeiros 6 meses de vida. O uso desses, diminui o efeito protetor do leite materno e aumenta os riscos de doenças.
            Para ajudar a saída do leite é preciso ter tranqüilidade, paciência e persistência, deixando o bebê sugar até satisfazer a sua necessidade neurológica de sucção. A maioria dos bebês, quando isso ocorre param de sugar e adormecem.
           
Referências:
Bibliografia:      Aleitamento Materno: Manual Prático. Castro, Lílian Mara Consolin Poli de e Araújo, Lílian Dalete Soares de. 2ª edição. Londrina: MAS, 2006. 210 páginas. Capítulo IX.

Como amamentar o bebê - parte 4

4ª Parte: Manejo da Lactação.

Composição e Capacidade Gástrica
            O leite materno é adequado para o bebê, que não vai necessitar de outro alimento até os seis (06) meses de idade.
            Pela sua especificidade e excelente biodisponibilidade, ele preenche as necessidades calóricas, nutritivas e imunológicas, não sobrecarregando o intestino e rins do bebê.
            A aparência do leite materno muda conforme a fase da amamentação, nos primeiros dias é o colostro, um leite concentrado, produzido em pequena quantidade, adaptando-se perfeitamente a capacidade gástrica do bebê.


Com o passar dos dias (10 a 15 dias), começa a ser produzido o leite maduro, adequado as necessidades e a idade do bebê, mudando de aparência conforme a duração da mamada. No início ele é mais “aguado” contendo nessa porção maior concentração de água, sais minerais, vitaminas do complexo B e C, imunoglobulinas, lisozima, lactoferrina e lactose.
No final é mais “gorduroso”, contendo nessa porção maior concentração de gordura, vitaminas A, D, E e K e os fatores de proteção anti stafilococos e streptococos (protegendo as mamas dos principais causadores da mastite).
O leite materno apresenta também enzimas que ajudam na sua digestão. Associando a perfeita adequação quantidade-qualidade dos nutrientes, com a digestibilidade e capacidade gástrica, o bebê irá sentir fome mais rapidamente.
Nos primeiros dias, mamar com freqüência, além de estabelecer estímulo constante para produção do leite e proteção para o bebê, ajuda “a treinar” o jeito de mamar.

Referências:
Bibliografia:      Aleitamento Materno: Manual Prático. Castro, Lílian Mara Consolin Poli de e Araújo, Lílian Dalete Soares de. 2ª edição. Londrina: MAS, 2006. 210 páginas. Capítulo IX.

Como amamentar o bebê - parte 3

3ª Parte: Manejo da Lactação.

Anatomia e Fisiologia da Amamentação

O leite humano é sintetizado nas células alveolares, por ação do hormônio prolactina a partir dos substratos que circulam na rede de vasos sanguíneos presente na região das mamas.
Dos alvéolos ele flui pelos ductos até os seios lactíferos, onde ficará armazenado. O reflexo de ejeção ou descida do leite ocorre pela contração das células musculares ao redor dos alvéolos, pela ação do hormônio ocitocina.
A extração do leite armazenado nos seios lactíferos ocorre pelos movimentos ondulatórios da língua do bebê  e pela expressão na ordenha manual.
 
Na aréola (região mais escura da mama) existem pontos salientes que são as glândulas de Montgomery, responsáveis pela produção de secreção sebácea que nutre e hidrata essa região.
Nos mamilos os orifícios (poros) estão presentes para a passagem do leite.
A produção do leite depende de níveis hormonais adequados (prolactina) e do esvaziamento das glândulas mamárias. Se o esvaziamento for incompleto, o fator inibidor presente no leite humano agirá diminuindo a sua produção.
 Para manter os níveis elevados de prolactina é importante: boa pega, livre demanda e amamentação durante a noite, quando a liberação de prolactina é maior.
Os fatores que ajudam a liberação da ocitocina são o contato com o bebê (tocar, olhar, pensar e ouvir os sons) e a mulher sentir-se confiante, segura e apoiada.
Fatores que inibem a liberação da ocitocina são o stress, preocupação, dor , dúvida, vergonha ou ansiedade. A nicotina, álcool e alguns medicamentos também causam o efeito inibitório.

           
Referências:
Bibliografia:      Aleitamento Materno: Manual Prático. Castro, Lílian Mara Consolin Poli de e Araújo, Lílian Dalete Soares de. 2ª edição. Londrina: MAS, 2006. 210 páginas. Capítulo VIII.

Como amamentar o bebê - parte 2

2ª Parte: Freio lingual e amamentação.

            Anquiloglossia (língua presa) ou freio lingual curto é uma condição que em gerações passadas era precocemente diagnosticada e tratada para prevenir problemas na amamentação.

            Com a diminuição da popularidade da amamentação nas décadas de 40 e 50, esta prática deixou de ser comum.

            Nos últimos anos, com a elevação dos índices de amamentação, o freio lingual curto tem sido motivo de preocupação e portanto tema de diversas pesquisas.

            O freio curto dificulta a mamada e os bebês podem compensar esta limitação de movimento de várias formas, a mais comum é usar a mandíbula para incrementar a pressão no peito, neste caso a mãe relata que a criança morde e mastiga quando mama, ferindo o mamilo. A intensidade de dor sentida pela mãe dependerá do nível de compressão exercida sobre o mamilo e os ferimentos provocados.

            O bebê se fadiga mais e pode apresentar tremores na mandíbula e interromper a mamada.

            A indicação para liberação do freio (frenotomia), depende da resposta funcional da língua nos movimentos de ordenha, durante a mamada, para tanto é necessário uma avaliação detalhada da mamada.

            Estudos realizados demonstram que a liberação do freio lingual é um procedimento seguro, facilitador da amamentação, consequentemente melhora o padrão de transferência de leite, prevenindo também problemas com o mamilo e mamas.

            A avaliação e intervenção precoce vêm sendo recomendada, uma vez que crianças com limitação de movimentação da língua deixam de mamar no peito precocemente, mesmo aquelas que recebem apoio e são acompanhadas por profissionais especializados.

Referências:
Genna, Catherine Watson. Tongue-tie and Lactation. New York City, NY, USA
Sanches, Maria Tereza C. Manejo clínico das disfunções orais na amamentação. J. Pediatr. (Rio J.) v.80 n.5 supl. Porto Alegre nov. 2004
Hogan M, Westcott C, Griffiths M. Randomized controlled trial of division of tongue-tie in infants withfeeding problems. J Paediatr Child Health

Como amamentar o bebê - parte 1

1ª Parte: Pega.
Como a boca do bebe deve se posicionar para mamar com eficiência:
- A boca deve estar bem aberta, estimule com o mamilo, a parte que fica entre o lábio superior e o nariz;
- A língua projetada para frente;
- Os lábios virados para fora (boca de peixe);
- Toda ou grande parte da aréola envolvida pela boca, durante a mamada;
- O queixo movimenta-se para baixo e para frente;
- A mobilidade da língua e fundamental, seus movimentos ondulatórios são necessários para extração e condução do leite para correta deglutição;
- O bebe não deve usar os músculos da bochecha (bucinador), para extrair o leite da mama.
- O preparo das mamas antes da mamada (aréola macia e leite fluindo com facilidade), e decisivo para garantir   pega correta e sucção eficiente;
- Se precisar tirar o bebê do peito, coloque o dedo mínimo no cantinho dos lábios.
Referências:
Bibliografia: Aleitamento Materno: Manual Prático. Castro, Lílian Mara Consolin Poli de e Araújo, Lílian Dalete Soares de. 2ª edição. Londrina: MAS, 2006. 210 páginas. Capítulo IX.
SOS Respirador Bucal. Carvalho, Gabriela Dorothy de. 1 edição. São Paulo: Lovise, 2003. Capitulo13.

Aleitamento materno e o uso de chupeta

A promoção do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida é considerada componente essencial das estratégias dos cuidados primários de saúde.

A maioria dos estudos revela associação entre uso de chupeta e desmame precoce.

A utilização de chupeta constitui hábito cultural bastante difundido. Apesar disso tem sido contra indicada, pois além de constituir fonte de contaminação, altera a dinâmica oral.

Entende-se por dinâmica oral o posicionamento e trabalho dos músculos da boca e da face,
onde a língua (composta por 17 músculos) tem papel importante.

A criança que usa chupeta suga menos o seio materno, diminuindo o estímulo, diminui a produção de leite pela mãe e o desmame acontece.

Referências:

Artigo de revisão: Aleitamento materno e o uso de chupeta: repercussões na alimentação e no desenvolvimento do sistema sensório motor oral.
Claúdia marina T. de Araújo, Gisele Alves P. Da Silva, Sônia Bechara Coutinho
Rev Paul Pediatria 2007; 25(1): 59-65.

Doação de leite humano

O leite humano é muito importante para todos os recém-nascidos. Mas há mães que não podem amamentar. Para estas situações, foram criados os bancos de leite humano que recebem, pasteurizam e distribuem para as crianças que necessitam.

QUEM PODE DOAR: Toda mulher saudável com excesso de leite e que não use medicamentos que impeçam a doação. O leite deve ser retirado depois que o bebê mamar ou quando as mamas estiverem muito cheias.

INSTRUÇÕES PARA A DOAÇÃO:
*Para armazenar o leite, utilize um frasco com tampa de plástico (como os de café solúvel ou maionese).
*Lave e ferva o frasco e a tampa (retirando o rótulo e o papel de dentro da tampa) em uma panela, cobrindo- os com água, por 15 minutos (tempo contado a partir do início da fervura). Escorra sobre um pano limpo até secar. Feche o frasco sem tocar com a mão na parte interna da tampa.
*Lave as mãos e os braços até o cotovelo com bastante água e sabão. Lave as mamas apenas com água. Seque as mãos e as mamas com toalha limpa.
*Escolha um lugar limpo e tranquilo. Forre com um pano limpo o local onde for colocar o frasco e a tampa. Evite conversar durante a retirada do leite.

TÉCNICA PARA A RETIRADA DO LEITE:
      *Massageie as mamas com a polpa dos dedos, fazendo movimentos circulares no sentido da aréola (parte escura) para o corpo.
      *Coloque o polegar acima da linha onde acaba a aréola e os dedos indicador e médio abaixo. Firme os dedos e empurre para trás em direção ao corpo. Aperte o polegar contra os outros dedos até sair o leite. Despreze os primeiros jatos ou gotas.
      *Em seguida, abra o frasco e coloque a tampa sobre o local forrado com o pano limpo, com a abertura para cima. Colha o leite no frasco, colocando-o debaixo da aréola. Após terminar a coleta, feche bem o frasco.

ARMAZENAMENTO :
      *Anote na tampa do frasco a data em que iniciou a coleta do leite. Guarde imediatamente o frasco no congelador ou freezer por até 15 dias. Se o frasco não ficou totalmente cheio, poderá completá-lo em outro momento.
      *Para completar o volume de leite no frasco, sob congelamento, utilize um copo de vidro previamente fervido por 15 minutos e escorra sobre um pano limpo até secar. Coloque o leite recém coletado sobre o que já estava congelado até faltarem dois dedos para encher o frasco. Guardar imediatamente o frasco no freezer ou no congelador. 
      *Antes de completar 15 dias do início da coleta, entre em contato com o banco de leite humano. Se quiser entregar diretamente, ele deverá estar congelado e o frasco colocado em caixa de isopor sem gelo.

Referências:
Folders da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano/Ministério da Saúde, para doação de leite humano. 2007 e 2008.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Presença do GAAME no XI ENAM

A Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar (IBFAN Brasil) convidou o GAAME para o XI Encontro Nacional de Aleitamento Materno (ENAM) e I Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável (ENACS), que foi realizado de 8 a 12 de junho de 2010, na cidade de Santos, SP.

                           Durante o evento, diversas mães amamentaram seus filhos ao mesmo tempo



O ENAM é realizado desde 1990 e sua 11ª edição teve como principal objetivo contribuir para o fortalecimento das redes sociais de promoção, proteção e apoio do aleitamento materno e da alimentação complementar saudável.



Representantes do grupo fizeram parte da MESA REDONDA "Redes de promoção do aleitamento materno no Estado de São Paulo", para apresentar a Experiência do GAAME.

Dez passos para uma alimentação saudável: Guia alimentar para menores de dois anos.

Passo 2: A partir dos 6 meses, introduza de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os 2 anos de idade ou mais.

  • A partir dos 6 meses, as necessidades nutricionais da criança já não são mais atendidas só com o leite materno, embora este ainda continue sendo uma fonte importante de calorias e nutrientes.
  • A partir dos 6 meses o reflexo de protrusão da língua diminui progressivamente, o que facilita a ingestão de alimentos semissólidos, as enzimas digestivas são produzidas em quantidades suficientes para essa nova fase; e a criança desenvolve habilidade para sentar-se, facilitando a alimentação oferecida por colher.
  • A introdução dos alimentos complementares deve ser lenta e gradual (aos poucos).
  • No início, a criança pode rejeitar as primeiras ofertas, porque tudo para ela é novidade (a colher, o sabor e a consistência do alimento).
  • Mesmo recebendo outros alimentos, a criança deve continuar a mamar no peito até os dois anos ou mais: O leite materno continua alimentando a criança e protegendo-a contra doenças.
  • Há crianças que se adaptam facilmente às novas etapas e aceitam muito bem os novos alimentos. Outras precisam de mais tempo, não precisando esse fato ser motivo de ansiedade e angustia para as mães.
  • No início da introdução dos alimentos, a quantidade que a criança ingere pode ser pequena. Após a refeição, se a criança demonstrar sinais de fome poderá ser amamentada.
  • Nesta fase, é necessário oferecer água tratada, filtrada, nos intervalos das refeições.
  • As frutas, legumes e verduras produzidas na sua região apresentam na sua composição importantes vitaminas e minerais que contribuem para o crescimento das crianças.

Esquema para introdução dos alimentos complementares

IDADE
TIPO DE ALIMENTO
Até completar 6 meses
Aleitamento materno exclusivo
Ao completar 6 meses
Leite materno, papa de fruta, papa salgada
Ao completar 7 meses
Segunda papa salgada
Ao completar 8 meses
Gradativamente passar para a alimentação da família
Ao completar 12 meses
Comida da família


Referências Bibliografica:
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para menores de dois anos. Um guia para o profissional da saúde na atenção básica/MS, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2 ed-Brasília 2010.

Dez passos para uma alimentação saudável: Guia alimentar para menores de dois anos.

Passo 1: Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.


  • O leite materno contém a quantidade de água suficiente para as necessidades do bebê, mesmo em climas quentes e secos;
  • A oferta de água e chás diminui o volume de leite materno ingerido, que é mais nutritivo, além de aumentar os riscos de doenças;
  • É importante esvaziar as mamas e o tempo para que isso ocorra depende do ritmo de cada bebê (há aquele que consegue faze-lo em poucos minutos e aquele que o faz em trinta minutos ou mais);
  • É importante estar numa posição confortável ao amamentar e descanse o máximo que puder;
  • Se sentir dor nas mamas ao amamentar, é importante procurar ajuda porque pode ser que a posição e a pega estejam inadequadas;
  • Sinais indicativos de que a criança está mamando de forma adequada:
Boa posição:
ü      O pescoço do bebê está ereto ou um pouco curvado para trás, sem estar distendido;
ü      O corpo da criança está voltado para o corpo da mãe (bem próximo ao da mãe e cabeça e coluna alinhados);
ü      Todo o corpo do bebê recebe sustentação, o bebê e a mãe devem estar confortáveis.
Boa pega:
ü      A boca está bem aberta;
ü      O queixo está tocando a mama;
ü      Lábio inferior virado para fora;
ü      Há mais aréola visível acima da boca do que abaixo;
ü      Ao amamentar, a mãe não sentir dor no mamilo.


Referências Bibliografica:
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para menores de dois anos. Um guia para o profissional da saúde na atenção básica/MS, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2 ed-Brasília 2010.

Dez passos para uma alimentação saudável: Guia alimentar para menores de dois anos

Passo 1: Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.

Passo 2: A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.

Passo 3: Após 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) três vezes ao dia, se a criança estiver em aleitamento materno.

Passo 4: A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família, em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança.

Passo 5: A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher, iniciar com a consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.

Passo 6: Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.

Passo 7: Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.

Passo 8: Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinho e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.

Passo 9: Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o seu armazenamento e conservação adequados.

Passo 10: Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.

Nos próximos números os passos serão apresentados mais detalhadamente.

Referências Bibliografica:
Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para menores de dois anos. Um guia para o profissional da saúde na atenção básica/MS, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2 ed-Brasília 2010.

Esquema das principais condutas de acordo com a idade da criança



Período
Orientações
Até 6 meses de vida
Orientar para o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês.
Sem chá, água ou qualquer outro alimento
Após completar seis meses de vida:
Aleitamento materno sob livre demanda.
Orientar a introdução dos alimentos complementares:
• 1 papa de frutas no meio da manhã
• 1 papa salgada no final da manhã
• 1 papa de frutas no meio da tarde
Orientar a introdução da água tratada, filtrada ou fervida;
Estimular a prática do aleitamento materno até dois anos;
Orientar o consumo de alimentos que são fontes de ferro (Fígado, carnes) e vitamina A (Abóbora cozida, Mamão, Manga, Cenoura, Brócolis, Couve, Espinafre, Batata doce, Fígado bovino)
Orientar para que não sejam oferecidos para criança açúcar, doces, chocolates, refrigerantes e frituras;
Entre nove e dez meses de vida:
Aleitamento materno sob livre demanda
Orientar que a partir do 10º mês de vida a criança já pode receber a comida preparada para a família:
1 papa de frutas no meio da manhã
• 1 papa salgada no final da manhã
• 1 papa de frutas no meio da tarde
• 1 papa salgada no final da tarde
Estimular a prática do aleitamento materno até dois anos de idade;
Orientar o consumo de alimentos fontes de ferro e vitamina A;
Orientar para que não sejam oferecidos para criança açúcar, doces, chocolates, refrigerantes e frituras;
Dos 12 aos 18 meses de vida:
Estimular a prática do aleitamento materno até dois anos de idade
Alimentação da família:
• 1 refeição pela manhã (pão, fruta com aveia)
• 1 fruta
• 1 refeição básica da família no final da manhã
• 1 fruta
• 1 refeição básica da família no final da tarde


Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2009.112 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 23)

Referências Bibliografica:
Caderno de Atenção Básica nº 23 – Saúde da Criança. Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. MS.2009.

Alimentação da Criança - parte 3

3º PARTE:

                            O profissional de saúde torna-se promotor da alimentação saudável quando consegue traduzir os conceitos, de forma prática, à comunidade que assiste, em linguagem simples e acessível. Assim, na orientação de uma dieta para a criança, por exemplo, deve-se levar em conta conceitos adequados de preparo, noções de consistência e quantidades ideais das refeições e opções de diversificação alimentar que contemplem as necessidades nutricionais para cada fase do desenvolvimento.
                        As práticas alimentares no primeiro ano de vida constituem marco importante na formação dos hábitos alimentares das crianças. Esse período pode ser dividido em duas fases: antes dos seis meses e após os seis meses. No primeiro semestre de vida objetiva-se que a criança mame por seis meses exclusivamente ou que, pelo menos, retarde pelo maior tempo possível a introdução de outros alimentos. A partir de seis meses a criança deve receber outros alimentos, além do leite materno. Assim é de fundamental importância que as mães e a família, nesse período, recebam orientações para a adequada introdução dos alimentos complementares.
                        O grande desafio do profissional de saúde é conduzir adequadamente esse processo, auxiliando a mãe e os cuidadores da criança de forma adequada, e estar atento às necessidades da criança, da mãe e da família, acolhendo dúvidas, preocupações, dificuldades, conhecimentos prévios e também os êxitos, que são tão importantes quanto o conhecimento técnico para garantir o sucesso de uma alimentação complementar saudável. Para tal, a empatia e a disponibilidade do profissional são decisivas, já que muitas inseguranças no cuidado com a criança não têm “hora agendada” para ocorrer e isso exige sensibilidade e vigilância adicional não só do profissional procurado, mas de todos os profissionais da equipe, para garantir o vínculo e a continuidade do cuidado.

Referências Bibliografica:
Caderno de Atenção Básica nº 23 – Saúde da Criança. Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. MS.2009.

Alimentação da Criança - parte 2

2º PARTE:

A introdução de alimentos na dieta da criança após os seis meses de idade deve complementar as numerosas qualidades e funções do leite materno, que deve ser mantido preferencialmente até os dois anos de vida ou mais. Além de suprir as necessidades nutricionais, a partir dos seis meses a introdução da alimentação complementar aproxima progressivamente a criança aos hábitos alimentares de quem cuida dela e exige todo um esforço adaptativo a uma nova fase do ciclo de vida, na qual lhe são apresentados novos sabores, cores, aromas, texturas e saberes.
No segundo ano de vida, o leite materno continua sendo importante fonte de nutrientes. Estima-se que dois copos (500ml) de leite materno no segundo ano de vida fornecem 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia. Além disso, o leite materno continua protegendo contra doenças infecciosas.
A alimentação complementar deve prover suficientes quantidades de água, energia, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais, por meio de alimentos seguros, culturalmente aceitos, economicamente acessíveis e que sejam agradáveis à criança.
O sucesso da alimentação complementar depende de muita paciência, afeto e suporte por parte da mãe e de todos os cuidadores da criança. Toda a família deve ser estimulada a contribuir positivamente nesta fase. Se durante o aleitamento materno exclusivo a criança é mais intensamente ligada à mãe, a alimentação complementar permite maior interação do pai, dos avôs e avós, dos outros irmãos e familiares, situação em que não só a criança aprende a comer, mas também toda a família aprende a cuidar. Tal interação deve ser ainda mais valorizada em situações em que a mãe, por qualquer motivo, não é a principal provedora da alimentação à criança. Assim, o profissional de saúde também deve ser hábil em reconhecer novas formas de organização familiar e ouvir, demonstrar interesse e orientar todos os cuidadores da criança, para que ela se sinta amada e encorajada a entender sua alimentação como ato prazeroso, o que evita, precocemente, o aparecimento de possíveis transtornos psíquicos e distúrbios nutricionais.

Referências Bibliografica:
Caderno de Atenção Básica nº 23 – Saúde da Criança. Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. MS.2009.

Alimentação da Criança

1º PARTE:
- Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe.
- A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam aleitamento materno exclusivo por seis meses e complementado até os dois anos ou mais.
- Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, pois a introdução precoce de outros alimentos está associada a:
• Maior número de episódios de diarréia;
• Maior número de hospitalizações por doença respiratória;
• Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricionalmente inferiores ao leite materno, como, por exemplo, quando os alimentos são muito diluídos;
• Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como o ferro e o zinco;
• Menor eficácia da lactação como método anticoncepcional;
• Menor duração do aleitamento materno.
- Considera-se atualmente que o período ideal para a introdução de alimentos complementares é após o sexto mês de vida, já que antes desse período o leite materno é capaz de suprir todas as necessidades nutricionais da criança. Além disso, no sexto mês de vida a criança já tem desenvolvidos os reflexos necessários para a deglutição, como o reflexo lingual, já manifesta excitação à visão do alimento, já sustenta a cabeça facilitando a alimentação oferecida por colher, e tem-se o início da erupção dos primeiros dentes, o que facilita na mastigação.
 - A partir do sexto mês a criança desenvolve ainda mais o paladar e, conseqüentemente, começa a estabelecer preferências alimentares, processo que a acompanha até a vida adulta

Referências Bibliografica:
Caderno de Atenção Básica nº 23 – Saúde da Criança. Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. MS.2009.